São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Depois de cair 1,2%, Bovespa se recupera e encerra com ganho de 1,72%; dólar fecha a R$ 2,345

Mercado olha mais a política que o Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado não se preocupou muito com a decisão do Copom em relação aos juros básicos. O temor dos investidores de um agravamento da crise política pesou mais ontem, jogando os ativos de um lado para o outro.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou perdas de 1,19% na primeira hora de pregão. Mas o Ibovespa, o principal índice da Bolsa, acabou fechando o dia com valorização de 1,72%.
O dólar também oscilou bastante, para fechar as operações praticamente estável diante do real. Na máxima, o dólar bateu nos R$ 2,366, para depois perder força e encerrar vendido a R$ 2,345.
A falta de novidades que comprometessem ainda mais integrantes do alto escalão do governo no depoimento de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) na CPI dos Correios ajudou a aclamar o mercado no fim da tarde de ontem.
Na Bovespa, as ações do setor de siderurgia foram destaque de compra. A ação PNA (preferencial "A") da Usiminas teve significativa alta de 5,59%. Logo atrás veio o papel ON (ordinário, com direito a voto) da Companhia Siderúrgica Nacional, com ganho de 5,21%.
No início da noite de ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) anunciou a manutenção da taxa básica de juros da economia em 19,75% anuais. A decisão era aguardada pela esmagadora maioria dos analistas.
Parte do mercado financeiro aposta que no próximo mês deve começar o esperado ciclo de reduções da taxa Selic.

Recuperação
Para o mercado acionário, esse cenário pode ser o que falta para engatar um período de recuperação. Se os juros caem, aplicações como os fundos DI e de renda fixa passam a pagar taxas menores, perdendo atratividade. Isso pode estimular investidores a migrarem para o mercado de ações que, apesar de mais arriscado, pode oferecer melhores oportunidades de ganho.
No ano, a Bovespa está com baixa acumulada de 1,88%.
A crescente entrada de capital estrangeiro na Bolsa nas últimas semanas também favorece um cenário de alta para as ações. No mês, até o dia 18, as compras de ações feitas por estrangeiros superaram as vendas em R$ 857,3 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)


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