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MERCADO FINANCEIRO
Depois de cair 1,2%, Bovespa se recupera e encerra com ganho de 1,72%; dólar fecha a R$ 2,345
Mercado olha mais a política que o Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado não se preocupou
muito com a decisão do Copom
em relação aos juros básicos. O temor dos investidores de um agravamento da crise política pesou
mais ontem, jogando os ativos de
um lado para o outro.
A Bolsa de Valores de São Paulo
registrou perdas de 1,19% na primeira hora de pregão. Mas o Ibovespa, o principal índice da Bolsa,
acabou fechando o dia com valorização de 1,72%.
O dólar também oscilou bastante, para fechar as operações praticamente estável diante do real. Na
máxima, o dólar bateu nos R$
2,366, para depois perder força e
encerrar vendido a R$ 2,345.
A falta de novidades que comprometessem ainda mais integrantes do alto escalão do governo no depoimento de Delúbio
Soares (ex-tesoureiro do PT) na
CPI dos Correios ajudou a aclamar o mercado no fim da tarde de
ontem.
Na Bovespa, as ações do setor de
siderurgia foram destaque de
compra. A ação PNA (preferencial "A") da Usiminas teve significativa alta de 5,59%. Logo atrás
veio o papel ON (ordinário, com
direito a voto) da Companhia Siderúrgica Nacional, com ganho
de 5,21%.
No início da noite de ontem, o
Copom (Comitê de Política Monetária do BC) anunciou a manutenção da taxa básica de juros da
economia em 19,75% anuais. A
decisão era aguardada pela esmagadora maioria dos analistas.
Parte do mercado financeiro
aposta que no próximo mês deve
começar o esperado ciclo de reduções da taxa Selic.
Recuperação
Para o mercado acionário, esse
cenário pode ser o que falta para
engatar um período de recuperação. Se os juros caem, aplicações
como os fundos DI e de renda fixa
passam a pagar taxas menores,
perdendo atratividade. Isso pode
estimular investidores a migrarem para o mercado de ações que,
apesar de mais arriscado, pode
oferecer melhores oportunidades
de ganho.
No ano, a Bovespa está com baixa acumulada de 1,88%.
A crescente entrada de capital
estrangeiro na Bolsa nas últimas
semanas também favorece um cenário de alta para as ações. No
mês, até o dia 18, as compras de
ações feitas por estrangeiros superaram as vendas em R$ 857,3
milhões.
(FABRICIO VIEIRA)
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