DA BLOOMBERG

DA REDAÇÃO

Os preços do milho caíram ontem na Bolsa de Chicago pelo segundo dia consecutivo e registraram a maior queda em dois dias em 15 meses.
O motivo da queda é a aposta do mercado de que as chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos nesta semana reduzirão os danos causados pela seca de dois meses à safra norte-americana.
A notícia refletiu no mercado brasileiro e o preço do grão também recuou, fechando abaixo de R$ 16 a saca -o que não ocorria desde o dia 17 de junho.
Ontem, a saca no mercado interno foi negociada, em média, a R$ 15,90, com queda de 1% no dia. Em algumas regiões, com o avanço da colheita, o aumento da oferta -com a entrada do milho safrinha no mercado- também influenciou a queda do preço.

Chuvas
Nos EUA, a previsão é que até cinco centímetros de chuva caiam na região Meio-Oeste nos dois próximos dias. Além disso, mais precipitação é esperada para a próxima semana, de acordo com Fred Gesser, meteorologista da WeatherMarkets.com.
Com a seca ameaçando as lavouras norte-americanas, o preço do milho havia atingido na segunda o maior valor em 13 meses.
"As chuvas virão em um momento muito oportuno para as safras, especialmente para a de milho", disse Robert Lekberg, analista de mercado da Goldenberg Hehmeyer, em Chicago.
Os preços do contrato futuro do milho para entrega em dezembro -o segundo contrato- caíram 2,6%, na Bolsa Mercantil de Chicago. O contrato mostra queda de 6,5% desde que atingiu o pico na segunda-feira -a maior retração para um período de dois dias desde abril de 2004.
O primeiro contrato, para entrega em setembro, teve perda de 2,8% ontem. Na terça, a queda havia sido de 4,4%.

Furacão
O furacão Emily, que atingiu o território do México ontem, pode ajudar a elevar a umidade no Meio-Oeste ao longo da próxima semana, disse Gesser.
"O furacão com certeza dará início acelerado às chuvas de monção do sudoeste dos Estados Unidos, e isso pode elevar o nível de umidade no Meio-Oeste."