São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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OUTRO LADO

Empresa diz não ter relação com operação suspeita

DA SUCURSAL DO RIO

Controladora da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), a Vale do Rio Doce afirmou que não tem nenhuma relação com a importação das locomotivas nem com a retenção das máquinas pela Receita Federal no porto de Vitória.
O presidente da FCA e diretor da Vale, Mauro Dias, disse que a ferrovia contratou a Corema para realizar o negócio, procedimento de praxe no setor. Cabe a empresa, portanto, explicar as supostas irregularidades, de acordo com o executivo.
Indagado se a FCA não investiga as empresas com as quais possui relação comercial, Dias afirmou que não havia motivos para suspeitar da atuação da Corema, já que a firma representa a EMD, uma ex-subsidiária da GM e um dos maiores fabricantes mundiais de locomotivas.
Dias afirmou ainda que a FCA teve de importar locomotivas usadas por causa da forte expansão do volume de cargas transportadas pela ferrovia, no embalo do incremento das exportações do agronegócio e da siderurgia.
Além da importação, diz, a Corema também fará as adaptações necessárias nas máquinas para operarem na FCA. Por causa do aumento da demanda, a FCA importou de vários fornecedores 40 locomotivas usadas desde 2003.
Procurada pela reportagem, a Corema não havia se pronunciado até a conclusão desta edição. A Folha entrou em contato seis vezes com a empresa. Na primeira vez, a reportagem falou com um funcionário que se identificou como Flávio Beall. Ele pediu que fosse encaminhada, por e-mail, uma lista de perguntas. Conforme o combinado, a reportagem enviou as questões, mas não obteve as respostas. Beall foi procurado mais três vezes, mas funcionários da empresa afirmaram que ele não estava no escritório e que não tinham autorização para passar o número do celular dele.
No penúltimo contato, um funcionário pediu o e-mail da reportagem, dizendo que Beall enviaria uma nota à Folha, o que não aconteceu até a conclusão desta edição. No último, outro funcionário disse que não havia mais ninguém na empresa.


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