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OUTRO LADO
Empresa diz não ter relação com operação suspeita
DA SUCURSAL DO RIO
Controladora da FCA
(Ferrovia Centro Atlântica),
a Vale do Rio Doce afirmou
que não tem nenhuma relação com a importação das
locomotivas nem com a retenção das máquinas pela
Receita Federal no porto de
Vitória.
O presidente da FCA e diretor da Vale, Mauro Dias,
disse que a ferrovia contratou a Corema para realizar o
negócio, procedimento de
praxe no setor. Cabe a empresa, portanto, explicar as
supostas irregularidades, de
acordo com o executivo.
Indagado se a FCA não investiga as empresas com as
quais possui relação comercial, Dias afirmou que não
havia motivos para suspeitar
da atuação da Corema, já
que a firma representa a
EMD, uma ex-subsidiária da
GM e um dos maiores fabricantes mundiais de locomotivas.
Dias afirmou ainda que a
FCA teve de importar locomotivas usadas por causa da
forte expansão do volume de
cargas transportadas pela
ferrovia, no embalo do incremento das exportações
do agronegócio e da siderurgia.
Além da importação, diz, a
Corema também fará as
adaptações necessárias nas
máquinas para operarem na
FCA. Por causa do aumento
da demanda, a FCA importou de vários fornecedores
40 locomotivas usadas desde
2003.
Procurada pela reportagem, a Corema não havia se
pronunciado até a conclusão
desta edição. A Folha entrou
em contato seis vezes com a
empresa. Na primeira vez, a
reportagem falou com um
funcionário que se identificou como Flávio Beall. Ele
pediu que fosse encaminhada, por e-mail, uma lista de
perguntas. Conforme o
combinado, a reportagem
enviou as questões, mas não
obteve as respostas. Beall foi
procurado mais três vezes,
mas funcionários da empresa afirmaram que ele não estava no escritório e que não
tinham autorização para
passar o número do celular
dele.
No penúltimo contato, um
funcionário pediu o e-mail
da reportagem, dizendo que
Beall enviaria uma nota à
Folha, o que não aconteceu
até a conclusão desta edição.
No último, outro funcionário disse que não havia mais
ninguém na empresa.
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