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Brasileiro vende empresa de níquel
DA SUCURSAL DO RIO
Depois da oferta da Vale do Rio
Doce pela empresa canadense de
níquel Canico, o empresário Eike
Batista, dono do grupo EBX, decidiu sair do negócio e vendeu as
ações que possuía na companhia
na Bolsa de Toronto.
A Vale anunciou na semana
passada uma oferta que conta
com o consentimento dos gestores da Canico ao preço de 17,50
dólares canadenses por ação. Se
conseguir comprar 100% dos papéis da empresa em circulação no
mercado, a Vale desembolsará
US$ 613 milhões na aquisição.
Batista detinha diretamente
11,8% das ações da Canico, mas,
considerando papéis em mãos de
investidores ligados ao empresário, sua participação sobe para
cerca de 20%.
Ele disse que investiu US$ 60
milhões há 14 meses, quando decidiu entrar no negócio. Afirmou
ainda que obteve ganho de 80%
acima desse valor.
A Canico tem como foco a reserva de níquel de Onça-Puma,
no Estado do Pará. O projeto deve
entrar em operação em quatro
anos. Para desenvolvê-lo, a Vale
prevê investimentos de US$ 1,1 bilhão. A estimativa é sejam extraídas 60 mil toneladas de níquel por
ano da mina.
Ao comentar a oferta da Vale,
Batista disse acreditar que a mineradora brasileira conseguirá adquirir o controle da Canico, o que
considerou positivo.
"Entramos no negócio porque
acreditávamos no seu potencial e
gostaríamos que ele tivesse um
operador nacional. Agora, com a
Vale, a mina terá um operador
brasileiro ainda mais habilitado e
com maior sinergia com suas outras atividades", afirmou o empresário.
(PEDRO SOARES)
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