São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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Brasileiro vende empresa de níquel

DA SUCURSAL DO RIO

Depois da oferta da Vale do Rio Doce pela empresa canadense de níquel Canico, o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, decidiu sair do negócio e vendeu as ações que possuía na companhia na Bolsa de Toronto.
A Vale anunciou na semana passada uma oferta que conta com o consentimento dos gestores da Canico ao preço de 17,50 dólares canadenses por ação. Se conseguir comprar 100% dos papéis da empresa em circulação no mercado, a Vale desembolsará US$ 613 milhões na aquisição.
Batista detinha diretamente 11,8% das ações da Canico, mas, considerando papéis em mãos de investidores ligados ao empresário, sua participação sobe para cerca de 20%.
Ele disse que investiu US$ 60 milhões há 14 meses, quando decidiu entrar no negócio. Afirmou ainda que obteve ganho de 80% acima desse valor.
A Canico tem como foco a reserva de níquel de Onça-Puma, no Estado do Pará. O projeto deve entrar em operação em quatro anos. Para desenvolvê-lo, a Vale prevê investimentos de US$ 1,1 bilhão. A estimativa é sejam extraídas 60 mil toneladas de níquel por ano da mina.
Ao comentar a oferta da Vale, Batista disse acreditar que a mineradora brasileira conseguirá adquirir o controle da Canico, o que considerou positivo.
"Entramos no negócio porque acreditávamos no seu potencial e gostaríamos que ele tivesse um operador nacional. Agora, com a Vale, a mina terá um operador brasileiro ainda mais habilitado e com maior sinergia com suas outras atividades", afirmou o empresário. (PEDRO SOARES)


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