São Paulo, segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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Reunião do BC dos EUA é destaque da semana

No Brasil, saem indicadores sobre desemprego e inflação

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ninguém contar com alteração na taxa básica de juros norte-americana, a reunião do Fed (o banco central dos EUA) será o evento de maior destaque na semana.
Os dirigentes do Fed se reúnem na quarta-feira para anunciar como fica a taxa básica do país, que está em uma faixa que vai de 0% a 0,25% anuais. Para o mercado, o Fed irá manter a taxa básica de juros do país nesse atual patamar.
Mas o que os investidores e analistas querem ver é o comunicado que o Fed vai apresentar no fim da reunião. No comunicado, espera-se que o banco central americano dê sinais sobre o futuro dos juros.
Com vários indicadores apontando que a maior economia do mundo começa a ensaiar uma recuperação, os analistas têm discutido quando o Fed voltará a elevar a taxa de juros do país.
Antes do encontro do banco central, serão conhecidos nos Estados Unidos alguns dados econômicos bastante relevantes. Hoje irão ser apresentados os indicadores antecedentes. Compilação de dados econômicos, os indicadores antecedentes são um dos principais termômetros sobre o futuro da economia norte-americana.
Amanhã sai outro indicador de peso, que é o índice de atividade do setor manufatureiro, medido pelo Fed regional de Richmond.
No resto da semana, uma série de pequenos indicadores econômicos saem nos EUA. Na quarta-feira, além da reunião do Fed, haverá a apresentação dos dados das solicitações de empréstimos hipotecários e o nível dos estoques de petróleo.
Na quinta-feira, haverá dados de vendas de imóveis usados e os pedidos semanais de seguro-desemprego. A semana fecha com uma ampla lista de dados, com destaque para o nível de confiança do consumidor americano, as encomendas de bens duráveis e as vendas de imóveis novos.
Os EUA abrigam ainda quinta e sexta nova reunião de cúpula do G20, que debaterá a crise e a regulação bancária.

Agenda local
No Brasil, a agenda começa a ganhar força na quarta, com os números da taxa de desemprego, medida pelo IBGE. A expectativa é que o desemprego no país tenha se mantido em 8%. No mesmo dia, o Banco Central apresenta os dados sobre investimento estrangeiro em agosto.
Em julho, o volume de investimento estrangeiro direto para o Brasil sofreu a terceira queda mensal seguida. O fluxo para o país ficou em US$ 1,29 bilhão, o pior resultado desde fevereiro do ano passado.
Outro dado importante será apresentado na quinta-feira, quando sai o resultado do IPCA-15. Esse indicador de preços é uma prévia do índice oficial de inflação -o IPCA-, que serve para o Banco Central acompanhar sua meta de inflação. A meta para 2009 é de 4,5%. Até o momento, o IPCA acumula alta de 2,97%. Para o IPCA-15, o mercado conta com uma elevação de 0,19%.
Na sexta-feira passada, outra importante prévia da inflação foi apresentada. O IGP-10 mostrou alta de 0,34% nos preços.
"O IGP-10 de setembro deu mostras de que deixou o período de deflação para trás. Essa foi a primeira vez que o IGP-10 teve variação positiva desde maio, sendo a maior inflação mensal desde fevereiro", afirmou, em relatório, a equipe econômica do banco Fator.
"No entanto, o fato de essa variação ser baixa, aliado à inflação menor que também está prevalecendo nos preços ao consumidor e na construção civil, faz com que a inflação ainda não seja um fator de preocupação de imediato."


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