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Faturamento da empresa dobra no primeiro semestre deste ano
Ericsson diversifica produção
e consegue escapar de prejuízo
free-lance para Folha
A Ericsson Telecomunicações
é uma empresa que está se destacando no setor de eletroeletrônicos, apesar da queda das
vendas e dos juros altos. A empresa é favorecida pelos altos investimentos na área de telefonia. Com o leilão da Telebrás,
são esperados R$ 50 bilhões de
investimentos até 2007.
Não é à toa, portanto, que a
empresa fechou o primeiro semestre de 98 com um faturamento de R$ 809 milhões -perto do dobro registrado no mesmo período do ano passado,
que foi de R$ 466,6 milhões.
Como trabalha num ramo de
investimentos de médio e longo
prazo, esse resultado deve ser
visto com alguma ponderação.
Mas não deixa de chamar a
atenção, principalmente em um
ambiente de crise, como o atual.
Por se tratar de uma empresa
que negocia ação em Bolsa de
Valores, a Ericsson não pode fazer previsão de desempenho para este ano. Mas, de acordo com
o levantamento do Datafolha
relativo ao desempenho de 97, a
Ericsson aumentou em dez pontos percentuais a rentabilidade
do patrimônio em relação a 96.
A taxa passou de 33,4% em 96
para 44,22% em 97. "Nosso desempenho se deve aos investimentos do Sistema Telebrás, o
nosso maior cliente", disse o
presidente da Ericsson, Gehard
Weise. Do faturamento total,
segundo ele, 90% correspondem a contratos firmados com a
Telebrás e suas subsidiárias.
Para a Telebrás, a Ericsson
produziu e vendeu desde equipamentos de infra-estrutura para telefonia até telefones públicos, os orelhões. Ou seja, a
Ericsson vendeu todo tipo de
produto relacionado a telefonia.
Foi isso, segundo a diretoria
da empresa, que salvou a empresa de prejuízos, como o que
teve a Autel, que produz equipamentos de transmissão para
companhias telefônicas.
A Autel Telecomunicações
apresentou rentabilidade negativa de 3,95% em 97. "De setembro a dezembro do ano passado, nosso faturamento caiu
80% porque o governo, naquela
época, suspendeu os contratos
de compras por causa da crise
asiática", disse o diretor-superintendente Luis Rutman.
Agora, com a Telebrás privatizada, a Ericsson e também todas
as outras empresas do setor esperam conseguir uma fatia do
investimento que os compradores do sistema terão de fazer.
"A concorrência vai aumentar: todos querem um pedaço
desse mercado", disse Weise.
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