DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou ontem reajuste de 14,7% nas tarifas de energia da Bandeirante, distribuidora que atende a 2,2 milhões de consumidores em 55 municípios paulistas (Baixada Santista, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Região Oeste).
O reajuste será parcelado. A primeira parte corresponde a quase todo o aumento: 13,87%, a partir da próxima segunda-feira. Em fevereiro do ano que vem, as tarifas serão elevadas em mais 0,83%.
O parcelamento do reajuste das tarifas da Bandeirante foi possível porque o governo decidiu aplicar o IGP-M na correção das tarifas da energia vendida por suas geradoras -Furnas, Chesf e Eletronorte- em duas vezes.
As geradoras vendem energia para as distribuidoras, que revendem para os consumidores. O impacto do reajuste das geradoras nas tarifas das distribuidoras é estimado pela Aneel em 40%.
Além do IGP-M, outros cinco itens compõem o reajuste das tarifas. A partir de 2003 as distribuidoras não poderão mais aplicar o IGP-M integral nas tarifas, que serão revistas.
A preocupação do governo com o reajuste das tarifas do setor elétrico estava presente na ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de setembro. De acordo com a ata, o impacto será de 2,38 pontos percentuais na inflação deste ano.
Em agosto, a Aneel chegou a rever índices de reajuste para geradoras, autorizados pela própria agência, que chegavam a 21,86%. Na época, o diretor Eduardo Ellery alegou que a revisão foi feita em "interesse público".
Até o final do ano serão reajustadas as tarifas das seguintes distribuidoras: CEEE (Rio Grande do Sul), na próxima quinta-feira, Light (Rio de Janeiro), em novembro e Cerj (Rio de Janeiro), em dezembro.



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