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Estrangeiros reduzem investimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os investimentos diretos feitos
por estrangeiros no Brasil registraram forte queda no mês passado. Eles totalizaram US$ 1,06 bilhão, bem menos da metade da
média mensal de US$ 2,89 bilhões
que vinha sendo registrada até
agosto.
Com isso, os investimentos estrangeiros não foram suficientes
para cobrir o déficit de transações
correntes do mês, que ficou em
US$ 1,59 bilhão.
No ano, os investimentos externos já chegam a US$ 22,60 bilhões
(US$ 1,343 bilhão em outubro),
contra o déficit em conta corrente
de US$ 15,93 bilhões. O governo
tem insistido que a situação do
país é confortável, pois os investimentos diretos têm sido suficientes para cobrir o alto déficit registrado até agora.
Quando há déficit em transações correntes significa que o volume de dinheiro enviado para o
exterior é maior que a quantia que
entra no país. Essa diferença precisa ser coberta de alguma maneira, seja por meio de empréstimos
ou por investimentos diretos.
Os investimentos são tidos como a forma mais segura de financiar esse déficit. Os empréstimos
são classificados como um capital
muito "volátil", pois, em momentos de crise, as principais fontes financiadoras costumam ""sumir".
Além disso, investimentos diretos
costumam ter objetivos de longo
prazo, e não são muito influenciados por crises passageiras.
Por outro lado, um grande volume de investimentos pode se traduzir, no longo prazo, em maior
quantidade de remessa de lucros
para o exterior, o que também pode prejudicar as contas externas.
O país que mais investiu no Brasil neste ano, até agora, foi a Espanha, que já aplicou US$ 4,79 bilhões. Isso corresponde a 25,4%
do total de investimentos estrangeiros recebido pelo país no período. Em seguida vêm os Estados
Unidos, com US$ 4,19 bilhões, ou
22,2% do total.
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