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BID é ambíguo sobre efeitos das reformas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relatório do BID trata de forma ambígua e inconclusiva o efeito das reformas dos anos 90, principalmente as privatizações e a
abertura comercial, no mercado
de trabalho na América Latina.
Nas primeiras páginas, o relatório informa que "a privatização
das empresas estatais teve pequeno efeito sobre o desemprego".
No capítulo que trata desse tema, o BID avalia que "os efeitos da
abertura e da privatização sobre o
desemprego foram muito limitados em grandeza e duração".
No mesmo capítulo, porém, diz
que "a abertura produziu perdas
salariais nos setores afetados pelas reduções de tarifas aduaneiras
e pelo aumento de importações".
Para o BID, "a privatização causou fortes perdas de rendimento e
de estabilidade para os empregados demitidos das empresas privatizadas". O banco avalia que
"tanto a abertura quanto a privatização enfraqueceram o poder de
negociação do trabalhador, contribuindo para a redução de salários e de benefícios trabalhistas".
Para Gustavo Márquez, especialista em relações de trabalho do
BID, as privatizações reduziram o
emprego nas empresas privatizadas, mas aumentaram nos setores
onde houve privatização.
(HM)
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