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São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Em Buenos Aires, Merval bate recorde histórico ao atingir 902 pontos; no Brasil, dólar vai a R$ 2,876

Bovespa sobe 3,25% com estrangeiros

DA REPORTAGEM LOCAL

DE BUENOS AIRES

Nova onda de demanda de estrangeiros no mercado acionário, principalmente pelo setor elétrico, surpreendeu analistas e operadores ontem. Terminado o vencimento de opções de ações no meio da tarde, investidores de fora foram às compras e fizeram a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) disparar 3,25%, depois de passar boa parte do dia estável.
A combinação de vencimento e forte demanda exterior fez o volume da Bolsa atingir R$ 1,959 bilhão. O índice Bovespa foi aos 18.369 pontos. As ações preferenciais da Eletrobrás subiram 14,2%.
Em Buenos Aires, também houve euforia. Ontem, o Merval, principal índice do mercado acionário, subiu 2,84% e registrou um recorde histórico ao atingir 902 pontos. Foi a primeira vez que o indicador terminou o dia acima desse patamar desde a sua criação, em junho de 1986.
O patamar recorde foi comemorado, mas também visto com cautela. "É um recorde se compararmos os preços em pesos. No entanto, se a base de comparação for o dólar, vemos que ainda estamos longe do recorde de 1992", afirma o economista da Argentina Research Rafael Ber.
O motivo é que em 1992 o peso argentino tinha paridade com o dólar e agora a moeda está desvalorizada. Ontem o dólar fechou cotado a 2,87 pesos para a venda.
O fato de as ações estarem depreciadas explica o apetite de investidores pelas "pechinchas". Além disso, a forte recuperação no valor das ações do grupo financeiro Galícia (4,9%) e da siderúrgica Acindar (5%) contribuiu para o recorde de ontem.

Dólar
No Brasil, apesar da emissão do Bradesco, o dólar voltou a subir 0,24% ontem, para R$ 2,876. Contribuíram para a alta a expectativa de que o Tesouro eleve suas compras de dólar no mercado e o início de pagamento de dividendos pela Telefônica no exterior, que, segundo analistas, representará saídas de mais de R$ 1,5 bilhão.
Por outro lado, a emissão foi vista como sinal da forte demanda por ativos brasileiros lá fora e contribuiu para a queda de 0,16% no risco-país para 607 pontos.
Os juros voltaram a cair à espera de corte na reunião do Copom, amanhã. As projeções nos contratos de abril de 2004 caíram de 17,76% para 17,63% ontem.


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