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MERCADO FINANCEIRO
Em Buenos Aires, Merval bate recorde histórico ao atingir 902 pontos; no Brasil, dólar vai a R$ 2,876
Bovespa sobe 3,25% com estrangeiros
DA REPORTAGEM LOCAL
DE BUENOS AIRES
Nova onda de demanda de estrangeiros no mercado acionário,
principalmente pelo setor elétrico, surpreendeu analistas e operadores ontem. Terminado o vencimento de opções de ações no
meio da tarde, investidores de fora foram às compras e fizeram a
Bovespa (Bolsa de Valores de São
Paulo) disparar 3,25%, depois de
passar boa parte do dia estável.
A combinação de vencimento e
forte demanda exterior fez o volume da Bolsa atingir R$ 1,959 bilhão. O índice Bovespa foi aos
18.369 pontos. As ações preferenciais da Eletrobrás subiram
14,2%.
Em Buenos Aires, também houve euforia. Ontem, o Merval, principal índice do mercado acionário, subiu 2,84% e registrou um
recorde histórico ao atingir 902
pontos. Foi a primeira vez que o
indicador terminou o dia acima
desse patamar desde a sua criação, em junho de 1986.
O patamar recorde foi comemorado, mas também visto com
cautela. "É um recorde se compararmos os preços em pesos. No
entanto, se a base de comparação
for o dólar, vemos que ainda estamos longe do recorde de 1992",
afirma o economista da Argentina Research Rafael Ber.
O motivo é que em 1992 o peso
argentino tinha paridade com o
dólar e agora a moeda está desvalorizada. Ontem o dólar fechou
cotado a 2,87 pesos para a venda.
O fato de as ações estarem depreciadas explica o apetite de investidores pelas "pechinchas".
Além disso, a forte recuperação
no valor das ações do grupo financeiro Galícia (4,9%) e da siderúrgica Acindar (5%) contribuiu
para o recorde de ontem.
Dólar
No Brasil, apesar da emissão do
Bradesco, o dólar voltou a subir
0,24% ontem, para R$ 2,876. Contribuíram para a alta a expectativa
de que o Tesouro eleve suas compras de dólar no mercado e o início de pagamento de dividendos
pela Telefônica no exterior, que,
segundo analistas, representará
saídas de mais de R$ 1,5 bilhão.
Por outro lado, a emissão foi
vista como sinal da forte demanda por ativos brasileiros lá fora e
contribuiu para a queda de 0,16%
no risco-país para 607 pontos.
Os juros voltaram a cair à espera
de corte na reunião do Copom,
amanhã. As projeções nos contratos de abril de 2004 caíram de
17,76% para 17,63% ontem.
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