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EXPANSÃO
Sindicafé estima que vendas alcancem US$ 15 mi
Brasil deverá triplicar a exportação de café torrado e moído neste ano
UISAL BAKRI
DA AGÊNCIA FOLHA
O Brasil deve exportar neste ano
US$ 15 milhões em café torrado e
moído, quase o triplo dos US$ 5,4
milhões exportados no ano passado. A previsão é do Sindicafé (Sindicato da Indústria do Café do Estado de São Paulo), que estima
para o ano que vem exportações
brasileiras de US$ 29 milhões.
O sindicato participou na semana passada da Anuga, Feira Internacional de Alimentação e Bebidas, em Colônia (Alemanha),
com o objetivo de buscar compradores no mercado mundial.
Apesar de ser o maior produtor
e exportador mundial de café em
grãos, o Brasil representa hoje
apenas 1% do mercado mundial
de café industrializado, dominado por Itália, Alemanha e EUA.
Na Alemanha, o sindicato fez
sua terceira participação em feiras
internacionais neste ano e levou
representações de 23 empresas
nacionais. As vendas fechadas
após as feiras representam 40%
da meta de exportação do ano de
café industrializado.
O presidente do Sindicafé, Nathan Herszkowicz, diz que a previsão feita no ano passado de exportações era de US$ 9 milhões.
Foi revista para US$ 15 milhões
depois de registrar exportações de
US$ 7,1 milhões nos 12 meses terminados em setembro.
Herszkowicz afirma que, se todos os contatos que foram feitos
em Anuga fossem transformados
em negócios, poderiam gerar receitas de US$ 1 milhão por mês.
Os principais clientes, segundo
ele, são EUA, Leste Europeu, Taiwan e Israel. Em 2002, o Brasil exportou US$ 1,42 bilhão de café
(grão verde), US$ 270 milhões de
café solúvel e US$ 5,4 milhões de
café torrado e moído.
O café solúvel (mais conhecido
como instantâneo) começou a ser
fabricado na década de 60 com o
objetivo de ser exportado. Isso explica a diferença no volume de exportações em relação ao café torrado e moído (feito em cafeteiras), que sempre esteve voltado
para o mercado interno, o qual é
seu maior consumidor.
Segundo Herszkowicz, há dois
anos aumentou o interesse do
mercado externo pelo café torrado e moído, que cresce 1,2% ao
ano. No entanto, de acordo com o
Sindicafé, a liderança entre os países produtores de café em grãos
pertence ao Brasil, com cerca de
57% no total de exportações.
Segundo Christian Santiago,
coordenador do projeto de exportação do Sindicafé-SP, o aumento
da exportação do café torrado e
moído vai gerar mais receita e
mudar a imagem do Brasil em relação ao mundo, que é conhecido
apenas como grande produtor do
café verde. "O convênio do Sindicafé-SP com a Agência de Promoção de Exportações [APEX] levou
o Brasil a seis feiras e tem como
principal objetivo ampliar o perfil
exportador brasileiro com o café
torrado e moído."
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