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Sob pressão, YouTube decide retirar 30 mil vídeos do site
Associação japonesa afirmava que clipes haviam sido incluídos sem autorização
Acusações de violação de direitos autorais eram vistas como um dos maiores empecilhos para a venda da empresa para o Google
DA REDAÇÃO
O YouTube, o site mais popular de compartilhamento de vídeos, retirou 29.549 vídeos do
ar depois que uma associação
japonesa da indústria de entretenimento reclamou de violação de direitos autorais.
De acordo com a Sociedade
Japonesa pelos Direitos de Autores, Compositores e Editores,
os arquivos com programas de
TV, filmes e videoclipes foram
colocados no site sem a autorização dos donos de seus direitos autorais. Fumiyuki Asakura, representante da entidade,
disse que, logo após o pedido, os
vídeos foram retirados pelo
YouTube.
Asakura conta que a entidade, formada por 23 companhias
japonesas, está estudando pedir ao site americano, comprado recentemente pelo Google
por US$ 1,65 bilhão, que realize
uma triagem prévia para que
vídeos ilegais não sejam postados. Ele também disse que, antes de fazer a reclamação, o grupo realizou uma pesquisa no
YouTube no início deste mês.
O YouTube afirma que 65 mil
novos vídeos são colocados no
ar todos os dias, a maioria caseira. Mas uma parte é formada
por material que envolve direitos autorais.
Vários analistas afirmavam,
antes da transação do dia 9 com
o Google, que a questão dos direitos autorais era o maior empecilho para sua venda, pois era
grande a possibilidade de uma
enxurrada de processos.
Antes do anúncio da aquisição, tanto o Google quanto o
YouTube haviam feito ontem
acordos com grandes gravadoras para colocar clipes musicais
em seus serviços de vídeo.
A Universal e a Sony BMG
permitirão a reprodução de
seus videoclipes no YouTube.
Além disso, a rede de televisão
dos Estados Unidos CBS também vai distribuir conteúdo no
site. Há também acordos com
empresas como Warner e a rede de TV NBC.
Gravadoras como Universal,
Sony BMG e Warner receberam pequenas parcelas do YouTube durante as negociações
para autorizar a veiculação de
vídeos de seus artistas. Com a
venda para o Google, elas faturaram juntas US$ 50 milhões,
segundo reportagem de quinta-feira no "New York Times".
Novas parcerias
Google e YouTube dizem que
estão correndo para realizar
novas parcerias. No entanto,
ainda há várias gravadoras e estúdios de TV e cinema que não
têm acerto com o site e cujo
conteúdo está presente no
YouTube.
No mês passado, antes do
acerto com o site de vídeos, o
executivo-chefe da Universal,
Doug Morris, afirmou que YouTube e MySpace (popular site
de relacionamento nos EUA)
eram "violadores de direitos
autorais" e que deviam "dezenas de milhões de dólares" à
gravadora.
Com agências internacionais
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