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R$ 26,7 BI A MENOS
Resgate de papéis também ajuda no recuo do endividamento em títulos do Tesouro
Queda do dólar alivia a dívida mobiliária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A dívida assumida pelo governo federal por meio da emissão
de títulos públicos caiu R$ 26,7
bilhões no mês passado, graças
ao recuo do dólar ocorrido no
período. Com essa queda, a chamada dívida mobiliária chegou
a R$ 632,1 bilhões, de acordo
com dados do Tesouro Nacional
e do Banco Central.
Do total de dívida em títulos
do governo, 37,97% são corrigidos pela variação do dólar. Por
isso, as oscilações da taxa de
câmbio têm forte impacto no
endividamento. Em outubro, o
dólar caiu 6,4%, segundo a cotação média calculada pelo BC.
A queda registrada pela dívida
mobiliária também se explica
pelos resgates feitos pelo governo no mês passado, ou seja, nem
todos os títulos que venceram
em outubro foram substituídos
por novos papéis emitidos pelo
Tesouro ou pelo BC.
Os resgates foram principalmente de títulos corrigidos pela
taxa de câmbio. Em outubro, esses vencimentos somaram
aproximadamente R$ 23 bilhões, dos quais apenas 40% foram renovados.
O chefe da divisão de operações do BC, João Henrique Simão, disse ontem que, neste
mês, as rolagens da dívida cambial tiveram resultados diferentes, com a taxa de renovação ficando próxima a 80%.
Os papéis cambiais vendidos
nas operações de rolagem da dívida pagam aos investidores toda a variação da taxa de câmbio
que ocorrer em determinado
período. Eles são usados por
empresas que buscam "hedge"
cambial, ou seja, que querem se
proteger de uma eventual alta
do dólar.
A maior procura pelos papéis
cambiais emitidos pelo BC reflete, em parte, a queda do dólar
ocorrida nas últimas semanas.
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