São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Investidores esperavam uma elevação maior dos juros; Bovespa sobe 1,16%, com giro de R$ 606,2 mi

Alta de 1 ponto da Selic derruba contratos DI

DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento da taxa Selic (taxa básica de juros) em um ponto percentual para 22% ao ano fez os principais contratos de DI (que considera os juros interbancários) caírem na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
"Muita gente apostou em um aumento que não veio. E após o anúncio saiu vendendo", disse um operador do mercado de juros. Após a divulgação dos principais índices de inflação na semana passada, parte da comunidade financeira esperava que o Banco Central (BC) promovesse um aumento maior da taxa, na tentativa de promover um choque e frear as altas dos preços.
Para esses, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de ontem veio como um balde de água fria. Os contratos com vencimento em dezembro -os mais curtos negociados na BM&F- foram negociados a uma taxa de 21,81%, sendo que na terça-feira esse mesmo tipo de contrato fechou com a cotação de 22,19%.
Os contratos de janeiro foram os mais negociados e encerraram o dia a uma taxa de 22,66%, 0,39 ponto percentual abaixo do fechamento do dia anterior.
A Bovespa, que fechou em alta de 1,16%, teve durante o pregão de ontem um volume financeiro total de R$ 606,2 milhões, superior ao da média das últimas semanas.
As maiores altas ficaram com Tele Nordeste Celular PN (6,6%), Embratel Participações PN (5,7%) e Cemig ON (4,2%).
Depois de quatro dias em queda, a ação da Net PN ficou entra as cinco maiores alta do Ibovespa, com valorização de 3,2%. Apesar disso, a empresa acumula neste ano uma desvalorização de 95,8%.
As maiores baixas ficaram com AES Elpa ON (8,9%), Comgas PNA (4,8%) e Celesc PNB (4%).
A AES Elpa vem sofrendo uma desvalorização acentuada desde o início do mês, quando a empresa passou a ser negociada separadamente das ações da Light.
Segundo operadores, a baixa da Comgas foi motivada pela realização dos lucros em decorrência das altas da ação nos últimos dias.
No setor elétrico, que acumula uma desvalorização de 34,1% no ano, o resultado mais positivo foi o da Cemig PN, com alta de 1,14%. A Cesp (Companhia Energética de São Paulo), que divulgou o balanço referente ao terceiro trimestre na terça-feira, fechou em baixa de 1,55%.


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