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MERCADO FINANCEIRO
Investidores esperavam uma elevação maior dos juros; Bovespa sobe 1,16%, com giro de R$ 606,2 mi
Alta de 1 ponto da Selic derruba contratos DI
DA REPORTAGEM LOCAL
O aumento da taxa Selic (taxa
básica de juros) em um ponto
percentual para 22% ao ano fez os
principais contratos de DI (que
considera os juros interbancários) caírem na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
"Muita gente apostou em um
aumento que não veio. E após o
anúncio saiu vendendo", disse
um operador do mercado de juros. Após a divulgação dos principais índices de inflação na semana passada, parte da comunidade
financeira esperava que o Banco
Central (BC) promovesse um aumento maior da taxa, na tentativa
de promover um choque e frear as
altas dos preços.
Para esses, a reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária) de
ontem veio como um balde de
água fria. Os contratos com vencimento em dezembro -os mais
curtos negociados na BM&F-
foram negociados a uma taxa de
21,81%, sendo que na terça-feira
esse mesmo tipo de contrato fechou com a cotação de 22,19%.
Os contratos de janeiro foram
os mais negociados e encerraram
o dia a uma taxa de 22,66%, 0,39
ponto percentual abaixo do fechamento do dia anterior.
A Bovespa, que fechou em alta
de 1,16%, teve durante o pregão
de ontem um volume financeiro
total de R$ 606,2 milhões, superior ao da média das últimas semanas.
As maiores altas ficaram com
Tele Nordeste Celular PN (6,6%),
Embratel Participações PN
(5,7%) e Cemig ON (4,2%).
Depois de quatro dias em queda, a ação da Net PN ficou entra as
cinco maiores alta do Ibovespa,
com valorização de 3,2%. Apesar
disso, a empresa acumula neste
ano uma desvalorização de
95,8%.
As maiores baixas ficaram com
AES Elpa ON (8,9%), Comgas
PNA (4,8%) e Celesc PNB (4%).
A AES Elpa vem sofrendo uma
desvalorização acentuada desde o
início do mês, quando a empresa
passou a ser negociada separadamente das ações da Light.
Segundo operadores, a baixa da
Comgas foi motivada pela realização dos lucros em decorrência
das altas da ação nos últimos dias.
No setor elétrico, que acumula
uma desvalorização de 34,1% no
ano, o resultado mais positivo foi
o da Cemig PN, com alta de 1,14%.
A Cesp (Companhia Energética
de São Paulo), que divulgou o balanço referente ao terceiro trimestre na terça-feira, fechou em baixa
de 1,55%.
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