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São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Nem clima ruim no mercado internacional segurou Bovespa, que fechou com valorização de 2,08%

Após Copom, Bolsa supera os 19 mil pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

O dia ruim no mercado externo, sacudido por novos atentados terroristas, não foi suficiente para segurar a Bovespa. Com um corte nos juros básicos mais forte que o esperado pelo mercado, a Bolsa de Valores de São Paulo bateu um novo recorde histórico e fechou acima dos 19 mil pontos pela primeira vez.
A redução da taxa básica de 19% para 17,5% deu novo ânimo ao mercado de ações. O Ibovespa registrou alta de 2,08% e alcançou os 19.199 pontos, maior patamar desde a criação do índice, em janeiro de 1968.
O pregão de ontem foi marcado por dois momentos distintos. Pela manhã, a euforia com o corte de 1,5 ponto percentual na Selic foi em parte contida pelo cenário internacional, que vivia clima de temor de novos ataques terroristas.
Nos negócios da tarde, a Bovespa se descolou de vez do mercado internacional para cravar mais um recorde. O volume movimentado no pregão de ontem ficou em R$ 1,06 bilhão.
A disparada das ações preferenciais da Telemar, que fecharam com ganho de 4,10%, foi fundamental para a valorização da Bolsa paulista. É que os papéis da tele concentraram quase 20% dos negócios. O destaque de valorização ficou com as ações preferenciais da Eletropaulo, que fecharam com ganho de 12,8%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dia foi de ajustes. Todos os contratos DI -que consideram os juros das operações entre bancos- recuaram.
As instituições financeiras tiveram de rever suas projeções para os juros futuros. A movimentação foi forte, com mais de 500 mil contratos negociados.
No contrato DI de prazo mais curto, a taxa caiu de 17,91% para 17,26% anuais. No papel de maior liquidez, com prazo em julho, a taxa recuou de 16,98% para 16,38%.
As taxas dos contratos de ontem apontam a expectativa das instituições financeiras de que os juros básicos devem ser cortados em 0,5 ponto percentual (para 17%) na última reunião do Copom do ano, a ser realizado daqui a cerca de um mês.
Os títulos da dívida brasileira mais negociados no exterior, os C-Bonds, também atingiram um novo nível recorde. Os papéis fecharam ontem com alta de 0,79%, a US$ 0,9556.
(FABRICIO VIEIRA)


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