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MERCADO ABERTO
BC deve manter o gradualismo
Apesar da forte desaceleração
da economia, o Banco Central deve manter um ritmo
gradual de corte dos juros,
na opinião do economista Paulo
Leme, do Goldman Sachs. Na
reunião do Copom desta semana, ele aposta numa queda de 0,5
ponto percentual, para 18,5%.
Leme não acha uma contradição o fato de o Banco Central
preferir manter a mesma velocidade no processo de redução da
taxa em um momento em que a
economia mostra sinais preocupantes de queda. Ele próprio prevê um crescimento do PIB de
apenas 0,7% no terceiro trimestre, o que indicaria uma expansão entre 3% e 3,25% no ano.
Para Leme, a decisão de manter
a política de corte gradual dos juros é uma escolha melhor do que
a de uma redução maior, como
de 0,75 ponto percentual -como alguns economistas chegaram a prever-, e depois ter que
recuar. O custo de um retrocesso
como esse é muito maior para a
economia. Além disso, 0,25 ponto percentual não implicaria
muitas mudanças no ritmo de
crescimento da economia.
Leme argumenta que, diferentemente do que se costuma falar,
não é o ciclo prolongado de alta
dos juros o principal responsável
pela queda da velocidade da expansão. Segundo ele, há outros
empecilhos que impedem o país
de crescer num ritmo maior. Entre eles, o excesso de carga tributária, as incertezas regulatórias e,
por último, a crise política.
De acordo com ele, a crise política, que se arrasta há seis meses,
criou um desânimo muito grande no ambiente empresarial e,
certamente, atrasou a decisão de
novos investimentos.
Sobre a queda-de-braço entre
os ministros Antonio Palocci e
Dilma Rousseff, Leme diz não
acreditar numa mudança na política econômica. "A política vai
ser essa, e acertadamente", afirma. Isso, é claro, num cenário em
que Palocci e "seu co-piloto"
Henrique Meirelles seguem à
frente da política econômica.
TOPO PAULISTANO
São Paulo ganha amanhã um
novo arranha-céu, numa região com um dos metros quadrados mais caros da cidade, a
Vila Olímpia. Empreendimento de R$ 170 milhões, o e-Tower, na rua Funchal, tem 37
andares e 147 m de altura, o
que o coloca entre os edifícios
mais altos da capital. "Apesar
da altura, nos preocupamos
com sua integração com o entorno, por isso o e-Tower tem
três níveis, um com seis pavimentos, outro com 18 e um
terceiro com os 37", diz Luiz
Felipe Aflalo, do escritório de
arquitetura Aflalo & Gasperini, responsável pelo projeto.
Em 2003, a obra chegou a ser
suspensa após a prefeitura descobrir que a incorporadora do
edifício, a Munir Abbud, havia
escavado irregularmente parte
de uma área pública. O próximo projeto do escritório é a reformulação do "esqueleto" da
Eletropaulo, na mesma região.
PPP PAULISTA
O secretário de Economia e
Planejamento de SP, Martus Tavares, se reúne na Abdib, na sexta, com cerca de 70 empresários
do setor de infra-estrutura. O objetivo é apresentar detalhes dos
projetos do programa de PPP do
governo paulista e buscar parceiros privados para a implementação das primeiras obras nesse regime no Estado. O primeiro projeto no programa deve ser a expansão do metrô paulistano.
PÉ NO RIO
Com investimento de mais de
R$ 1 milhão, a Pizza Hut abre no
fim do mês sua segunda unidade
no Rio, na Barra. Será o 66º restaurante da rede no Brasil.
UNIVERSIDADE NA COPA
A Namosca, agência de marketing universitário, lançou o projeto "Copa do Mundo na Facul".
A primeira etapa será um campeonato universitário de futebol,
nos meses que antecedem a Copa na Alemanha. Mais tarde, simultaneamente aos jogos da seleção brasileira e em arenas especialmente montadas, a agência
promoverá eventos como mesas-redondas com humoristas e
shows. A expectativa é que cerca
de 10 mil universitários participem de cada etapa do projeto.
PARCERIA NO MERCOSUL
O Etco (Instituto Brasileiro de
Ética Concorrencial) prepara
uma cooperação com a organização argentina Grupo Unidos
del Sud, conhecido por desenvolver programas em várias
áreas para os problemas do país
e realizar ações como a análise
do Orçamento. O instituto deverá emprestar seu conhecimento
em análise da concorrência e
ajudar a estruturar uma equipe
no "vizinho", além de entrar em
contato com empresas argentinas de setores deficientes.
SERVIÇOS EM DEBATE
Preocupada com o que classifica como tímida participação dos representantes do setor de serviços nas negociações comerciais multilaterais, a Fecomercio SP criou um grupo de trabalho para a discussão das propostas. Além do grupo, intitulado "Diálogo de Serviços",
a entidade também criou um conselho de relações internacionais,
presidido por Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da Unctad. Segundo Mário Marconini, diretor do grupo, a intenção é evitar que o
setor seja usado como moeda de troca nas negociações da OMC e da
Alca, sem que as propostas sejam debatidas com os representantes
brasileiros. "Há um grande desconhecimento no Brasil sobre o que é
debatido em relação a serviços. Queremos levar esse debate para as
entidades." O grupo será formado por várias entidades representativas dos setores de comércio e serviços. Entre elas, Abdib (indústria
de base), Bovespa, Febraban (bancos), BM&F e ABCR (concessões
rodoviárias). A primeira reunião será amanhã, na Fecomercio SP.
EQUILIBRISTA
Defensor de "práticas" como o autoconhecimento e o
genuíno interesse e apontado
pela revista "The Economist"
como um dos 200 "headhunters" mais influentes do mundo, o brasileiro de origem chinesa Robert Wong lança hoje,
em São Paulo, o livro "O Sucesso Está no Equilíbrio" (ed.
Campus/Elsevier). Na obra,
ele contraria sensos comuns
como o de que vale qualquer
sacrifício para chegar ao topo
ou o de que o mais importante é saber gerir pessoas. "É necessário antes saber qual sua
vocação e identidade, que o
levará ao autoconhecimento,
senão você pode se tornar um
pseudolíder", diz Wong, que,
de 1995 a 2002, comandou no
país a gigante mundial de recrutamento Korn Ferry e, hoje, tem uma empresa de ensino corporativo voltada a programas customizados.
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