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Sindicatos consideram vitória "parcial" dos trabalhadores
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (ligado à
UGT), a aprovação da MP que
regulamenta o trabalho do comércio aos domingos e feriados
é uma vitória "parcial" dos trabalhadores. A entidade representa 450 mil trabalhadores na
cidade de São Paulo. No país,
estima-se que 8 milhões de pessoas atuem no setor.
"Com a MP, os comerciários
terão uma folga a cada dois domingos trabalhados, o dobro do
que previa a lei anterior [lei nº
10.101, de 2000, que permitiu o
trabalho aos domingos]", diz
Ricardo Patah, presidente do
sindicato e da UGT.
"Mas fomos derrotados porque duas emendas incluídas
pelos senadores no texto, que
ampliavam na prática os direitos dos trabalhadores, não foram aprovadas na votação da
Câmara", diz o sindicalista.
Uma dessas emendas previa
a obrigatoriedade de existir
convenção coletiva para regular o trabalho aos domingos. A
outra deixava explícito que os
hipermercados e os supermercados também devem seguir as
regras da medida provisória.
"Com a convenção coletiva,
cada sindicato de cada cidade
poderia conseguir mais avanços e até mesmo adaptar o trabalho aos domingos às suas necessidades", disse Patah.
Na avaliação da Força Sindical, a aprovação da MP é positiva e está dentro do acordo negociado entre as centrais sindicais e o Ministério do Trabalho.
"O que foi aprovado foi exatamente o que foi negociado
com o governo. Prevaleceu o
que foi negociado", diz João
Carlos Gonçalves, o Juruna.
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