São Paulo, quinta, 22 de janeiro de 1998.



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PAINEL S/A


Ameaçando a base
A Confederação Nacional da Agricultura está ameaçando entrar na Justiça contra sua própria base. Empresas que não pagaram a contribuição compulsória de 97 estão recebendo cartas com a ameaça explícita.

À força
Segundo se comenta no setor agrícola, apenas 40% das empresas pagaram suas contribuições compulsórias à CNA em 97. Forçar a pagá-las é legal. Mas a CNA deveria se perguntar se é justo.

Em debate
O Sinduscon-SP informa que, do total arrecadado em 97, 87,51% vieram de contribuições voluntárias e apenas 12,49% da contribuição sindical compulsória. O aumento de até 203% na compulsória, segundo o Sinduscon, voltará a ser debatido em reunião hoje.

Mesma tabela
A Federação de Serviços do Estado de São Paulo decidiu manter a tabela de 97 da contribuição sindical compulsória. Luigi Nese, presidente, diz que seria um "absurdo" manter o aumento de até 203% praticado pelas confederações.

Aperto no comércio
Mesmo com todas as liquidações e saldões, a maioria do comércio varejista -52,77%- está vendendo menos em janeiro deste ano do que no mês no ano passado, diz pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.

A confirmar
Os boatos no mercado estão fortes. Os acionistas não se entendem e Benjamin Steinbruch estaria perdendo força na presidência do conselho da Vale do Rio Doce.

Vermelho menor
O banco Santander prevê déficit comercial de US$ 500 milhões em janeiro e fevereiro, contra US$ 1,69 bilhão nos dois meses de 97. Para o Santander, a balança comercial fecha o ano com US$ 6 bilhões no negativo, contra US$ 8,372 bilhões em 97.


Sem energia
Mais de 30 projetos de geração de energia de grandes consumidores industriais estão sendo abandonados ou já foram paralisados, diz Paulo Ludmer, da Abrace. Dos três maiores no Sul do país, dois não conseguem financiamento e um está perdendo sócios.

Malha estadual
Segundo Ludmer, o problema é o preço de transmissão nas malhas estaduais, que sai por R$ 10 a R$ 15 por megawatt por uma distância de cerca de 200 km. Na malha federal, diz, o preço "é palatável", de cerca de R$ 3 a R$ 5 por megawatt por 1.500 km.

Risco iminente
"Sem a geração por parte dos grandes consumidores, há risco de faltar energia no futuro próximo", diz Ludmer. "E, do jeito que está hoje, ninguém vai querer comprar energia em outro Estado."

Apostando no Nordeste
A Yoki lança colorau específico para o Nordeste: o Kitano, mais barato do que os comercializados pela empresa no resto do país. Do mercado total de coloraus no Brasil, o Nordeste detém 80%. Produtos Yoki só para o Nordeste: tapioca, cuscuz e canjiquinha.

Ganhando saúde
A empresa húngara de instrumentos médicos Medicor ganhou contrato de US$ 50 milhões para fornecer equipamentos a hospitais militares no Brasil. O acordo foi garantido pelo Banco do Brasil e por um banco húngaro.

E-mail: painelsa@uol.com.br



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