São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2001

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MERCADO IMOBILIÁRIO

Construtoras e incorporadoras batem recorde de lançamentos em São Paulo em dezembro de 2000

Retomada econômica dá fôlego a imóveis

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A retomada da economia já mostra seus efeitos no mercado imobiliário. No mês passado, construtoras e incorporadoras bateram recorde de lançamentos após o Plano Real na cidade de São Paulo, considerando somente os meses de dezembro.
Foram lançadas 4.175 unidades residenciais no último mês do ano passado, 69,8% a mais do que em dezembro de 99 e 8,3% a mais do que em novembro de 2000, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Levando-se em conta todo o período pós-Real, os lançamentos de dezembro de 2000 só perdem para alguns meses, como maio e junho de 95, quando foram ofertados pouco mais de 5.000 novos imóveis por mês.
O recorde de lançamentos, considerado atípico pelo mercado, foi em agosto de 97. Foram lançadas 11.398 unidades, por causa do início das cooperativas para construção de habitações populares.
O novo ânimo das construtoras decorre especialmente da queda dos juros e do aumento da oferta de dinheiro (linhas de crédito) para financiamento de imóveis.
"Há mais confiança na economia. Isso vai dar estímulo ao mercado imobiliário", diz Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.
Quem cuida das vendas de imóveis também notou esse mercado mais aquecido. Em novembro, o Secovi, sindicato que representa a indústria imobiliária e os condomínios paulistas, registrou venda de 1.569 imóveis na cidade de São Paulo, 11,5% a mais do que em novembro de 99 e 25,2% a mais do que em outubro de 2000.
A velocidade de vendas -índice que mede as vendas de imóveis sobre as unidades colocadas a venda- subiu de 8,5%, em outubro de 2000, para 9,6%, em novembro. A média histórica é 11%.
"Não significa que estamos vivendo um período de euforia, mas o mercado está bem animado", diz Romeu Chap Chap, presidente do Secovi. "A economia está estabilizada, a inflação sob controle, os juros em queda e não se vê nenhuma crise lá fora."
Empresas do setor chegam a se preparar para um boom imobiliário em 2001. "Tudo indica que este vai ser o ano da construção civil", diz Leon Bensoussan, gerente da construtora Brascan.


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