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MERCADO IMOBILIÁRIO
Construtoras e incorporadoras batem recorde de lançamentos em São Paulo em dezembro de 2000
Retomada econômica dá fôlego a imóveis
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A retomada da economia já
mostra seus efeitos no mercado
imobiliário. No mês passado,
construtoras e incorporadoras
bateram recorde de lançamentos
após o Plano Real na cidade de
São Paulo, considerando somente
os meses de dezembro.
Foram lançadas 4.175 unidades
residenciais no último mês do ano
passado, 69,8% a mais do que em
dezembro de 99 e 8,3% a mais do
que em novembro de 2000, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Levando-se em conta todo o período pós-Real, os lançamentos
de dezembro de 2000 só perdem
para alguns meses, como maio e
junho de 95, quando foram ofertados pouco mais de 5.000 novos
imóveis por mês.
O recorde de lançamentos, considerado atípico pelo mercado, foi
em agosto de 97. Foram lançadas
11.398 unidades, por causa do início das cooperativas para construção de habitações populares.
O novo ânimo das construtoras
decorre especialmente da queda
dos juros e do aumento da oferta
de dinheiro (linhas de crédito) para financiamento de imóveis.
"Há mais confiança na economia. Isso vai dar estímulo ao mercado imobiliário", diz Luiz Paulo
Pompéia, diretor da Embraesp.
Quem cuida das vendas de imóveis também notou esse mercado
mais aquecido. Em novembro, o
Secovi, sindicato que representa a
indústria imobiliária e os condomínios paulistas, registrou venda
de 1.569 imóveis na cidade de São
Paulo, 11,5% a mais do que em
novembro de 99 e 25,2% a mais
do que em outubro de 2000.
A velocidade de vendas -índice que mede as vendas de imóveis
sobre as unidades colocadas a
venda- subiu de 8,5%, em outubro de 2000, para 9,6%, em novembro. A média histórica é 11%.
"Não significa que estamos vivendo um período de euforia,
mas o mercado está bem animado", diz Romeu Chap Chap, presidente do Secovi. "A economia
está estabilizada, a inflação sob
controle, os juros em queda e não
se vê nenhuma crise lá fora."
Empresas do setor chegam a se
preparar para um boom imobiliário em 2001. "Tudo indica que este vai ser o ano da construção civil", diz Leon Bensoussan, gerente
da construtora Brascan.
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