São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2001

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Cresce procura por usados, mas oferta cai

DA REPORTAGEM LOCAL

A procura por imóveis usados, assim como os novos, aumentou a partir do final do ano passado, informa o Creci, que reúne os corretores de imóveis. A diferença, em relação aos novos, é que a oferta desse imóvel diminuiu.
"Está mais difícil sair de um imóvel usado para um novo. Se a pessoa fica onde está, a oferta diminui. É o que está acontecendo atualmente", afirma Roberto Capuano, presidente do Creci.
Segundo ele, apesar de o governo "pintar um mundo mais cor-de-rosa para o país", o medo do desemprego ainda persiste. "As pessoas estão com medo de se desfazer de um imóvel e depois não conseguir comprar outro."
Capuano diz que a oferta de imóveis usados subiu, assim como a procura, quando a CEF (Caixa Econômica Federal) se dispôs a dar financiamento integral para o imóvel usado.
Isso aconteceu entre janeiro e março de 2000. Naquele período, segundo o Creci, as vendas de apartamentos usados subiu 35%. "Quase 1,5 milhão de inquilinos trocaram o aluguel pela prestação. Não tinham o que temer."
Como o financiamento do imóvel não é mais integral, diz, o consumidor quer ter a certeza de que a taxa de emprego e também os salários vão voltar a subir.
A redução da oferta de imóveis usados deve resultar num aumento dos preços, segundo Capuano, especialmente nos bairros considerados nobres. (FF)


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