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Governo começa negociação para mudar MP 232
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo começa hoje a
negociar alterações na MP
(medida provisória) 232,
que elevou a tributação sobre os prestadores de serviço
e outros setores da economia para compensar a correção na tabela do Imposto de
Renda da Pessoa Física.
Diante da pressão de políticos, empresários e setores
da sociedade civil, o Planalto
já dá como impossível manter o texto original da MP
-tenta agora minimizar as
mudanças, o desgaste e a
perda de arrecadação.
A alternativa mais cogitada é reduzir o alcance da alta
da tributação sobre os prestadores de serviço. Podem
ser criadas exceções para setores, tipos de empresa ou
faixas de renda.
Haverá duas reuniões hoje: uma no Planalto, entre os
ministros Aldo Rebelo
(Coordenação Política) e
Antonio Palocci Filho (Fazenda), o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti
(PP-PE), e os líderes dos partidos aliados. Depois, Palocci e Severino vão à Câmara
para encontro com líderes
empresariais como os presidentes da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de
São Paulo), Paulo Skaf, da
CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando
Monteiro, e da Associação
Comercial de São Paulo,
Guilherme Afif Domingos.
O papel de Severino, que
tem atacado a MP, é o que o
governo acompanha com
mais atenção. Caberá a ele
escolher o partido que relatará a medida na Casa.
Em defesa da MP, Palocci
dirá que, em seu conjunto,
ela reduz a carga tributária
-a correção na tabela do IR
reduz em R$ 2,5 bilhões a arrecadação, enquanto a tributação adicional sobre os
prestadores de serviço renderá R$ 1 bilhão ao ano a
partir de 2006. Outro argumento é que o governo se
empenhará pela reforma tributária.
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