São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

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Governo começa negociação para mudar MP 232

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo começa hoje a negociar alterações na MP (medida provisória) 232, que elevou a tributação sobre os prestadores de serviço e outros setores da economia para compensar a correção na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.
Diante da pressão de políticos, empresários e setores da sociedade civil, o Planalto já dá como impossível manter o texto original da MP -tenta agora minimizar as mudanças, o desgaste e a perda de arrecadação.
A alternativa mais cogitada é reduzir o alcance da alta da tributação sobre os prestadores de serviço. Podem ser criadas exceções para setores, tipos de empresa ou faixas de renda.
Haverá duas reuniões hoje: uma no Planalto, entre os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Antonio Palocci Filho (Fazenda), o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e os líderes dos partidos aliados. Depois, Palocci e Severino vão à Câmara para encontro com líderes empresariais como os presidentes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro, e da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.
O papel de Severino, que tem atacado a MP, é o que o governo acompanha com mais atenção. Caberá a ele escolher o partido que relatará a medida na Casa.
Em defesa da MP, Palocci dirá que, em seu conjunto, ela reduz a carga tributária -a correção na tabela do IR reduz em R$ 2,5 bilhões a arrecadação, enquanto a tributação adicional sobre os prestadores de serviço renderá R$ 1 bilhão ao ano a partir de 2006. Outro argumento é que o governo se empenhará pela reforma tributária.


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