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São Paulo, sábado, 22 de março de 2003

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ECONOMIA BOMBARDEADA

Mais empresas cortam vôos

Guerra atinge Avianca e Hawaiian, que pedem concordata nos EUA

DA REDAÇÃO

A crise que castiga as companhias aéreas desde os atentados terroristas de setembro de 2001 e que se agrava agora com a guerra no Iraque fez mais duas vítimas ontem: a colombiana Avianca e a Hawaiian Airlines pediram concordata nos EUA.
A Avianca, a mais antiga companhia aérea da América Latina, culpou os altos preços dos combustíveis, o aumento do preços dos seguros após os ataques de 2001, a desvalorização do peso colombiano e o início da guerra no Oriente Médio.
Em 2002, a Avianca havia feito um acordo operacional com a Aces e a SAM a fim de conter despesas. Com a joint venture, as empresas passaram a operar sob o nome Alianza Summa. Aces e SAM não pediram concordata.
Com a concordata, a Avianca deve renegociar uma dívida de cerca de US$ 130 milhões nos EUA. Em 2002, a empresa teve prejuízo de US$ 34,5 milhões.
A concordata da Hawaiian é mais um passo no programa de reestruturação da empresa. A companhia, a maior do Estado do Havaí, disse que não vai cancelar vôos.

Demissões
A Northwest Airlines informou ontem que vai cortar 4.900 empregos e reduzir o número de vôos em 12% em razão da queda do movimento em consequência da guerra. A empresa deve retirar 20 aviões de circulação.
A concordatária United Airlines e a holandesa KLM também informaram que vão cortar vôos. Anteontem, a American Airlines e a Air Canada já haviam anunciado cortes no número de rotas.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que a guerra vá provocar uma redução de 15% a 20% no número de passageiros em todo o mundo.
As 270 companhias filiadas à Iata perderam US$ 30 bilhões entre 2001 e 2002.


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