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MERCADO ABERTO
Seguro-apagão terá nova redução
O Ministério de Minas e Energia e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
estão avaliando a possibilidade de uma nova redução no
valor do seguro antiapagão ou a
de concederem um aumento menor nas tarifas de energia elétrica.
A decisão deverá ser tomada
dentro de 15 dias.
Será a segunda redução no valor do encargo em menos de seis
meses. Em novembro passado, o
valor do seguro antiapagão baixou 21,44%, de R$ 0,0085 por
kWh (quilowatt hora) para R$
0,0067. Os consumidores de baixa renda não pagam o seguro.
A redução no valor da tarifa se
deve ao excesso de arrecadação
do encargo registrado no ano
passado pela CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia
Emergencial), estatal criada para
administrar o seguro. O seguro
antiapagão foi criado em 2002
para poder cobrir as despesas das
usinas termelétricas e evitar um
novo racionamento de energia.
Os números do balanço do ano
passado não foram divulgados,
mas os cálculos são os de que a
CBEE tenha encerrado 2004 com
cerca de R$ 300 milhões de excesso de arrecadação.
O seguro antiapagão é um dos
encargos que mais tem sido alvo
de queixas da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia).
"O aumento das cobranças afeta
a competitividade das companhias energéticas", afirma José
Roberto Giannotti, vice-presidente da Abrace.
A grande crítica da Abrace em
relação ao seguro antiapagão é
que o governo tem tratado o excesso de arrecadação desse encargo como lucro, o que não está
previsto na lei de sua criação. Isso
porque, de acordo com estudo
da Abrace, com base no balanço
de 2003 da CBEE, a estatal transferiu R$ 15 milhões em dividendos para o governo e pagou mais
R$ 15 milhões em Imposto de
Renda. "O seguro não foi criado
para dar dividendos para o Tesouro", diz Giannoti.
PESOS-PESADOS
Sem fazer alarde, o presidente
do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), jantou ontem,
num badalado restaurante em
São Paulo, com líderes empresariais. Organizado pelo presidente da Associação Comercial
de São Paulo, Guilherme Afif
Domingos, o encontro reuniu
nomes como os de Márcio
Cypriano (Febraban), Jorge
Gerdau Johannpeter (Ação
Empresarial), Paulo Skaf
(Fiesp) e Claudio Vaz (Ciesp),
entre outros. O objetivo do encontro foi traçar uma agenda
para o país. Afif defende que,
antes da reforma tributária, é
necessária uma reforma fiscal,
com o objetivo de cortar gastos.
DESEMBARQUE
Presente em 150 países, a rede
americana de locadoras de carro Budget chega ao Brasil em
abril. Após experiência frustrada nos anos 90, ela retorna ao
país tendo ao seu lado o grupo
Dallas, responsável pela Avis
no país. O grupo investirá R$
20 milhões para as primeiras
lojas: duas em SP e duas no Rio.
Ainda neste ano, serão abertas
as unidades de Belo Horizonte
e Porto Alegre. "Queremos ser
a Gol das locadoras, com baixos custos e preços competitivos", diz Afonso Celso de Barros, presidente do Dallas. Ele
espera conseguir preços menores ao utilizar a base operacional já montada para a Avis.
NOVA FÁBRICA
A Perdigão irá instalar em
breve, em Brasília, uma linha
de produção exclusiva para
atender ao mercado europeu.
Na unidade serão desenvolvidos produtos processados à base de carnes e pratos prontos.
GASTO EFICAZ
Itajubá, no sul de Minas Gerais, terá um laboratório para o
desenvolvimento de pesquisas
na área de eficiência energética.
A Eletrobrás assina amanhã
convênio com a Universidade
Federal de Itajubá para a implementação do Centro de Excelência em Eficiência Energética,
que receberá investimentos de
R$ 1,8 milhão da estatal.
MERCOSUL ELETRÔNICO
O uso de assinaturas eletrônicas na documentação do Mercosul começa a ser implantado
pela secretaria dos países-membros. Em reunião coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, na semana passada, o projeto (aprovado em
2004) foi confirmado pelo Grupo de Mercado Comum, órgão
máximo do Mercosul. Além de
ganhos de velocidade nos trabalhos da secretaria, a certificação digital foi elaborada em
conformidade com as práticas
comuns aos países do bloco.
APROXIMAÇÃO
Sadia, Unilever, Bombril e
Arcor, entre outras, estarão
reunidas amanhã em encontro
promovido pela Associação
Brasileira de Supermercados. O
objetivo do encontro é aproximar fornecedores e supermercadistas, diz o presidente da
Abras, João Carlos de Oliveira.
QUÍMICOS EM ALTA
O nível elevado das exportações e da demanda interna
contribuiu para aumentar em
20% as vendas no atacado de
produtos químicos e petroquímicos no mês passado, na
comparação com o mesmo
mês de 2004. Os números são
da associação brasileira e do
sindicato paulista que representam o comércio de produtos químicos e petroquímicos.
SELEÇÃO CELULAR
A seleção brasileira estréia hoje o
uniforme de treino com o logotipo da
operadora de celular Vivo, no primeiro dia de preparação para a partida contra o Peru, no domingo,
pelas eliminatórias da Copa do Mundo-2006. Para estampar seu
logo nas camisas da seleção, a operadora pagará à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) cerca de R$ 4 milhões de reais por
ano, por um contrato de dez anos -o acordo havia sido anunciado no início de 2005, em evento que contou com a participação da modelo Gisele Bündchen (foto), contratada da operadora. Na esteira da estréia, a empresa lança hoje o primeiro pacote
de aplicativos temáticos da seleção, com o jogo "Futebol Brasil
-CBF". Os serviços de dados já representam cerca de 5%
do faturamento líquido da operadora nesse segmento.
MUDANÇA NO PIB
A continuidade do aquecimento do mercado interno
levará a demanda externa a
contribuir negativamente
para o PIB pela primeira vez
desde 2000, segundo o Ipea.
Embora a previsão seja de
que o saldo comercial supere US$ 27 bilhões, o impacto
será negativo porque o ritmo de alta de importações
será maior que o de exportações. Será o maior impacto
negativo das importações
(-2,6 pontos percentuais)
desde 1995 (-2,8). Segundo
Mérida Medina, do órgão
do Ministério do Planejamento, "é natural que as importações cresçam para
atender ao ritmo de expansão do mercado interno".
GUILHERME BARROS, com Marcelo Pinho e Marcelo Sakate
guilherme.barros@uol.com.br
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