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Câmbio não atinge balança
DA REPORTAGEM LOCAL
A continuidade do crescimento
do comércio mundial e a manutenção dos preços das commodities em patamares elevados neutralizaram o impacto da apreciação do real nas exportações.
"Apesar de não termos o mesmo desempenho mundial de
2004, esse fator ainda está compensando a questão cambial. Os
preços das commodities não estão tão bons quanto no ano passado, mas ainda estão bem, especialmente o aço e o ferro", analisou Júlio de Almeida, diretor do
Iedi (Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial). Para ele, com apoio das exportações,
o Brasil deve conseguir o superávit em conta corrente de US$ 2,1
bilhões projetado pelo governo.
Esse valor, na avaliação de especialistas, é bem-vindo, mas ainda
não é o suficiente para diminuir
de forma mais agressiva as vulnerabilidades externas do Brasil.
Segundo o Iedi, a dívida externa
brasileira ainda é a mais elevada
entre os países emergentes. O nível das reservas líquidas internacionais, apesar de ter superado
US$ 30 bilhões, ainda é modesto
para uma economia do tamanho
da brasileira.
O ingresso de investimento estrangeiro direto no país ainda
causa certa preocupação. A participação desses recursos para infra-estrutura, em fevereiro, ficou
em apenas 30%. Em 2004, a fatia
foi de 84% no mesmo mês.
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