São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmbio não atinge balança

DA REPORTAGEM LOCAL

A continuidade do crescimento do comércio mundial e a manutenção dos preços das commodities em patamares elevados neutralizaram o impacto da apreciação do real nas exportações.
"Apesar de não termos o mesmo desempenho mundial de 2004, esse fator ainda está compensando a questão cambial. Os preços das commodities não estão tão bons quanto no ano passado, mas ainda estão bem, especialmente o aço e o ferro", analisou Júlio de Almeida, diretor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). Para ele, com apoio das exportações, o Brasil deve conseguir o superávit em conta corrente de US$ 2,1 bilhões projetado pelo governo.
Esse valor, na avaliação de especialistas, é bem-vindo, mas ainda não é o suficiente para diminuir de forma mais agressiva as vulnerabilidades externas do Brasil.
Segundo o Iedi, a dívida externa brasileira ainda é a mais elevada entre os países emergentes. O nível das reservas líquidas internacionais, apesar de ter superado US$ 30 bilhões, ainda é modesto para uma economia do tamanho da brasileira.
O ingresso de investimento estrangeiro direto no país ainda causa certa preocupação. A participação desses recursos para infra-estrutura, em fevereiro, ficou em apenas 30%. Em 2004, a fatia foi de 84% no mesmo mês.


Texto Anterior: Saldo comercial passa de US$ 7 bi
Próximo Texto: Luís Nassif: Os políticos e a gestão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.