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"Rating" de ricos cairá em 30 anos
DA REDAÇÃO
Os gastos cada vez maiores dos
governos com aposentadorias e
com o sistema de saúde vão reduzir a classificação de risco da dívida soberana dos EUA, da França,
da Alemanha e do Reino Unido
para "grau especulativo" em 30
anos, a não ser que os governos
tomem ações rapidamente para
reduzir os desequilíbrios.
A conclusão é de relatório da
agência de classificação de risco
Standard & Poor's, que diz que,
"sem maiores ajustes da atual política fiscal ou dos gastos com Seguridade Social e saúde, a relação
dívida/PIB [Produto Interno Bruto] da França, da Alemanha e dos
Estados Unidos vai passar de
200% até a metade deste século".
Os quatro países têm hoje a melhor classificação de risco de sua
dívida, o que garante que podem
se endividar a juros baixos.
Se não houver mudanças, a classificação dos países pode começar
a cair já no começo da próxima
década, de acordo com o relatório. Na década de 2020, a queda
seria acelerada, e, até o fim da década de 2030, os quatro países ficariam abaixo do chamado "investment grade" (investimentos
considerados seguros).
Os sistemas de aposentadoria e
de saúde são problemas para todas as grandes nações industrializadas, já que a população fica cada vez mais velha e há menos jovens para financiar os sistemas.
Até agora, a maioria das nações
fez apenas mudanças pequenas,
tornando os benefícios menos generosos.
A S&P estima que a dívida do
governo dos EUA vá ser de 239%
do PIB em 2050, ante 65% hoje.
Na mesma data, a relação dívida/
PIB da França será de 235%, ante
66% hoje.
Já a relação dívida/PIB da Alemanha em 2050 será de 221%, ante 68% hoje, e a do Reino Unido,
de 160%, ante 42% hoje.
A agência alerta, no entanto, de
que não se trata de uma previsão,
e sim de uma simulação para
mostrar a importância das tendências relacionadas à idade da
população e seu impacto na dívida dos países.
A S&P acredita ser improvável
que os governos não tomem medidas para corrigir esses problemas antes que o cenário apresentado se concretize.
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