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São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 2003

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TRABALHO

Proposta do governo é eliminar 100 dos 922 artigos da "mãe de todas as leis trabalhistas"

CLT, 60, deverá passar por "faxina"

DA REDAÇÃO

Às vésperas de completar 60 anos, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) deve ter pelo menos 100 dos seus 922 artigos eliminados. A "faxina" na legislação trabalhista está ganhando forma através de um anteprojeto de lei em elaboração no Ministério do Trabalho.
Se aprovada, será a maior modificação já realizada na legislação trabalhista do país, que praticamente não foi alterada desde 1º de maio de 1943, quando o então presidente Getúlio Vargas sancionou a CLT.
Para o Ministério do Trabalho, "limpar" a CLT significa retirar as "células mortas" da lei, mas não implica retirar direitos já conquistados pelos trabalhadores, como férias, 13º salário, licença-maternidade, jornada de trabalho de 44 horas e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Considerada a "mãe de todas as leis trabalhistas", a CLT deve sofrer sua primeira grande modificação pelas mãos de um presidente de origem operária, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os artigos mais polêmicos que o anteprojeto elimina são os que tratam da duração e das condições do trabalho da mulher, da concessão das férias para quem tem mais de 50 anos e da prestação de serviços nas férias.
As centrais sindicais se declaram surpresas por não serem consultadas sobre as mudanças.


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