São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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Rio já não tem a menor taxa de desemprego

DA SUCURSAL DO RIO

A região metropolitana do Rio perdeu no início deste ano a condição de menor taxa de desemprego do país, tornando-se uma das áreas onde a mão-de-obra encontra-se em estado mais precário, segundo estudo do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho).
Um dos responsáveis pelo levantamento, o economista André Urani afirma que o Rio conseguiu pelo menos minimizar o impacto do desemprego com o aumento da taxa média de ocupação nos três primeiros meses deste ano.
Mesmo assim, aponta o levantamento, a maior presença das mulheres no mercado contribuiu para manter negativa a taxa de desemprego, com a alta do contingente incluído na chamada população economicamente ativa.
Incluído na terceira edição do boletim "Rio de Janeiro: Trabalho e Sociedade", publicado pelo Iets, o estudo "Análise do Mercado de Trabalho do Rio de Janeiro" traça um perfil do emprego na região metropolitana do Estado a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
Urani disse que a pior situação do emprego no país ainda é verificada em São Paulo, que apresentou, nos últimos quatro anos, queda acima da média nacional do rendimento médio mensal.
No Rio, no primeiro trimestre do ano, o Iets identificou uma taxa média de desemprego de 5,4%, ante os 3,9% do mesmo período de 2001. Ao mesmo tempo, o rendimento médio do trabalhador do Rio foi de R$ 648 nos dois primeiros meses do ano -queda de 5,6% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Segundo o levantamento, nos três primeiros meses do ano, o total de pessoas ocupadas aumentou 2%, em média, no Rio, em relação ao mesmo período de 2001.
Ao mesmo tempo, verificou-se alta de 3,5% da população economicamente ativa, o que explica a dificuldade da região em absorver todo o contingente de pessoas a procura de emprego, disse Urani.



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