DE BUENOS AIRES

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, retorna hoje de viagem à Itália para enfrentar a primeira greve geral desde que tomou posse, em janeiro. No entanto, há indícios de que a paralisação, que deve durar das 12h às 24h, não será representativa.
O primeiro sinal veio dos próprios sindicalistas. A CGT dissidente, que tem como maior trunfo a capacidade de paralisar os trabalhadores das empresas de ônibus e metrô, decidiu manter os transportes públicos funcionando normalmente hoje.
Para o presidente da CGT, Hugo Moyano, a manifestação programada pela central para esta tarde na praça de Maio (centro de Buenos Aires) fracassaria se as pessoas não pudessem se deslocar pela cidade.
Outro indício de fracasso está no fato de que a greve deveria ter acontecido na semana passada, mas foi adiada por "razões climáticas". Um temporal atingia a região metropolitana. Para analistas políticos, no entanto, Moyano aproveitou as fortes chuvas que castigaram Buenos Aires e deixaram vários desabrigados para cancelar uma manifestação que estava fadada ao fracasso.
Dessa forma, o líder sindical deverá concentrar os esforços na manifestação contra o governo na praça de Maio, onde espera reunir entre 15 mil e 20 mil pessoas.(JS)


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