São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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PANORÂMICA

FUNDOS DE PENSÃO

BB e funcionários terão de elevar contribuição para cobrir rombo na Previ
O secretário de Previdência Complementar, José Roberto Savóia, afirmou ontem que a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil e o maior do país, precisará aumentar as contribuições de participantes e da patrocinadora para cobrir o déficit da entidade no ano passado.
Por causa do fraco desempenho das Bolsas de Valores em 2001, o fundo acumulou perdas estimadas pela própria entidade em R$ 2,067 bilhões. Segundo Savóia, mesmo com uma recuperação das Bolsas neste ano não será possível zerar o déficit.
"Há duas soluções: aumentar contribuições ou reduzir benefícios. Como não se pode reduzir benefícios, será necessário fazer um ajuste nas contribuições."
Ou seja, o BB e seus funcionários precisam pagar mais. Em 2001, o BB repassou R$ 344 milhões de contribuições normais e R$ 769 milhões referentes a dívidas antigas. No mesmo período, os funcionários entraram com R$ 423 milhões.
Procurada pela Folha, a Previ informou que o déficit de 2001 é conjuntural e será resolvido com uma alta das Bolsas.
Acrescentou ainda que não estuda elevar as contribuições e que a regra atual prevê alta das contribuições ou redução de benefícios somente após déficits por três anos seguidos.
"O problema pode até ser minorado [com a alta das Bolsas", mas mesmo assim será preciso o ajuste", contestou Savóia.
O secretário adiantou que, por enquanto, não adotará nenhuma medida para que a Previ cubra o déficit.
Ele explicou que o déficit de R$ 2,067 bilhões foi calculado levando em conta todos os benefícios concedidos pela Previ e os que ainda estão por conceder. Em 2000, o déficit da entidade calculado pela secretaria era de R$ 4,1 bilhões.
Savóia esclareceu que essa deficiência de reservas está sendo coberta com o pagamento parcelado de uma dívida que o BB tem com a entidade.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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