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CONCORRÊNCIA
Revenda perde monopólio da Microsoft
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Justiça determinou ontem que qualquer revendedor de produtos da Microsoft poderá participar de licitação pública, independentemente do Estado em que funciona a empresa.
A medida poderá reduzir o valor
de compras do governo federal.
O governo concluiu que havia
cobrança de preços abusivos em
licitações federais para a compra
de softwares e serviços da Microsoft. Como até recentemente só
havia um revendedor no DF, a
TBA, só ela podia vender os produtos e serviços ao governo.
A SDE (Secretaria de Direito
Econômico) entendeu que esse
monopólio fazia com que o governo pagasse preços "abusivos"
nas licitações para a compra de
software e prestação de serviços.
Ainda de acordo com a SDE, havia "dolarização do serviços de
mão-de-obra". A decisão permitirá que outros revendedores da
Microsoft participem de concorrências com a TBA em Brasília.
A decisão do governo é uma
medida preventiva. O processo
que apura prática de preços abusivos em Brasília nas licitações para a compra de software e serviços
da Microsoft continua e será analisado pelo Cade. A participação
da SDE, no entanto, está encerrada. A Microsoft e a TBA têm dez
dias para apresentar suas alegações finais para a SDE.
Outro lado
A TBA informou que a decisão
será analisada pela empresa, mas
que não há "preocupação". Segundo a assessoria, as vendas para o governo representam 33% do
faturamento e os preços não são
da TBA, e sim da Microsoft.
A Microsoft informou que já vinha discutindo com as revendas o
"fim da regionalização" e já havia
anunciado essa decisão aos seus
revendedores. A empresa informou ainda que desde setembro
todos os Estados têm pelo menos
duas revendas autorizadas.
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