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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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PAINEL S.A.


Inadimplência
O volume total de títulos protestados em maio diminuiu 11,6% em relação ao mesmo mês de 2002, segundo dados da Serasa que serão protestos. No acumulado dos cinco primeiros meses, o total de 3,5 milhões de títulos indica uma queda de 12% sobre 2002.

Cautela
A redução dos protestos de pessoas físicas no ano (18,2%) mostra um consumidor com receio de compras a prazo. A queda desse tipo de inadimplência entre as empresas (6,6%), segundo análise da Serasa, é resultado da redução da entrada de recursos de terceiros.

Quebradeira 1
Ainda de acordo com o estudo da Serasa, o total de 673 falências decretadas em maio superou em 39,3% o volume do mesmo mês de 2002. Os pedidos, porém, diminuíram em 5,3%: foram requeridas 1.400 falências.

Quebradeira 2
No acumulado do ano, foram decretadas 2.200 falências, um aumento de 19,5% em relação ao mesmo período de 2002. Os 7.000 pedidos de falência registrados nos cinco primeiro meses também superam 2002: uma alta de 2,9%.

Sede de crédito
Depois de 20 dias do repasse do BID de US$ 50 milhões ao Bradesco, para linhas de apoio às exportações, os recursos foram totalmente desembolsados. Estão em análise agora na diretoria do BID mais dois empréstimos para a mesma finalidade: para o Itaú e o Unibanco -cada um de US$ 50 milhões.

Pé-de-chinelo
As vendas de sandálias, chinelos e tênis foram as responsáveis pela melhora de 27% no resultado do mercado de calçados em 2002, segundo os últimos dados da LatinPanel.

Mais barato
O instituto relaciona o aumento desses segmentos aos custos menores em comparação a outros produtos do setor. As sandálias, que encareceram apenas 2% durante o período, venderam 58% mais.
E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

O risco do risco

Uma queda maior do risco-país antes da aprovação das reformas estruturais significa um excesso de otimismo, na avaliação do ex-presidente do BC Carlos Langoni. Para ele, o patamar atual, próximo aos 700 pontos base, está de acordo com a situação econômica e política do país. "Ainda não é possível saber o conteúdo das reformas que será aprovado e seu impacto direto na economia e na política", diz. Por isso, uma queda maior do risco Brasil seria uma antecipação por parte do mercado dos efeitos da aprovação das reformas, com uma possível dose excessiva de otimismo. Uma avaliação que levaria a distorções, inclusive a redução exagerada do câmbio, que teriam que ser ajustadas posteriormente. "Um desgaste desnecessário."


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