DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor deve tomar alguns cuidados antes de ceder aos apelos das liquidações. Os descontos anunciados -de 50% a 60%- podem ser falsos. O lojista pode ter elevado os preços antes da liquidação para depois reduzi-los e parecer que está oferecendo "grandes" descontos aos clientes.
"É muito difícil que uma loja de vestuário faça uma liquidação de peças de inverno antes mesmo de a estação chegar. Queimas de estoque acontecem geralmente no final das estações", diz Maria Lumena Sampaio, diretora de atendimento da Fundação Procon-São Paulo.
Para a especialista, o consumidor só deve adquirir o produto que precisa -ou seja, não deve comprar uma peça só porque o preço foi reduzido em 70%.
"O consumidor também se ilude ao pensar que a prestação cabe no seu bolso ou que existe o desconto. Mas perde de vista a quantidade de parcelas feitas. Ele tem de ver se o preço final cabe no seu orçamento", diz Sampaio.
Outra recomendação: fazer pesquisa de preços em pelo menos três outros locais.
"Nessa hora lápis e papel na mão não é vergonha. Comparar preços é fundamental. É sinal de consciência. O consumidor leva 30 dias de trabalho para colocar o dinheiro do salário do bolso, tem de saber usá-lo", afirma.
O Procon também orienta o consumidor para que guarde o material publicitário (como anúncios em jornais) pois, em caso de problemas, como o não cumprimento da oferta anunciada, poderá ser utilizado.
O consumidor também deve ver com atenção o estado das mercadorias. Muitas vezes, o produto oferecido mais em conta pode ter defeito. (CR e FF)

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