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Chegada do frio poderá aquecer vendas em lojas
DA REPORTAGEM LOCAL
O lojista que antecipou a liquidação de inverno por considerar
que neste ano o frio será tão ameno quanto o dos últimos dois
anos pode se frustrar. O Inmet
(Instituto Nacional de Meteorologia) informa que o inverno deste
ano deve ser mais intenso do que
os de 2001 e 2002. Isso poderá ser
sentido a partir de julho.
O frio é um dos fatores mais importantes para a compra de roupas para o inverno, na análise de
Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo.
Segundo ele, a queda nas consultas ao Usecheque na primeira
quinzena deste mês refletiu o fato
de o consumidor ter evitado as
compras por causa do calor.
Do dia 1º ao dia 15 deste mês as
consultas ao Usecheque, indicador das vendas à vista e com cheques pré-datados, caíram 6,8% na
comparação com igual período
do ano passado. Na média diária,
a queda foi de 1,2%. "O cheque
pré-datado vinha salvando o comércio. Sem o frio mais intenso,
as lojas estão paradas", afirma Alfieri.
"Nós últimos dois anos não tivemos inverno, pois os dias foram
muito quentes. Mas a temperatura deve mudar a partir de julho
por causa do resfriamento das
águas do Pacífico", afirma Expedito Rebello, chefe da Divisão de
Meteorologia do Inmet.
Em julho do ano passado, segundo Rebello, as temperaturas
estavam 5C acima do normal para o período -a média das temperaturas máximas para o inverno em São Paulo chegou a 30C,
quando o normal é 25C.
"Neste ano, as temperaturas estão 2C a 3C acima, mas tudo indica que teremos inverno típico."
Em São Paulo, isso representa
temperaturas máximas de 19C a
20C a partir de julho.
(FF e CR)
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