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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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Empresa vê plano de renovar frota morto

VINICIUS ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

O plano emergencial de renovação da frota de automóveis no Brasil está morto. Mesmo que estivesse vivo, não resolveria o problema, que é estrutural, e não conjuntural. As afirmações são de Paul Fleming, presidente da Volkswagen do Brasil.
A empresa lançou ontem a Autovisão, que terá que administrar os 3.933 funcionários excedentes da montadora, concentrados nas unidades de Taubaté e de São Bernardo, ambas em São Paulo.
A expectativa de Fleming é que, com o Autovisão, esses 3.933 funcionários devam encontrar uma nova atividade. O plano de realocação de pessoal receberá investimento de mais de R$ 300 milhões. Fleming diz esperar que em quatro anos a empresa não tenha mais que pagar os salários desses funcionários excedentes.
Tanto Fleming como o vice-presidente de Recursos Humanos da Volkswagen, João Rached, evitaram os termos "corte de pessoal" e "demissão". Segundo Rached, todos os acordos trabalhistas de garantia de emprego serão respeitados. Os acordos garantem estabilidade de emprego aos funcionários da Volks até 2006.
Embora as declarações sejam de que não haverá demissões, o programa de recolocação tem início imediato.
Fleming e outros executivos da Volks foram apresentar o Autovisão na sexta para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Fleming disse que a proposta foi bem recebida por eles.
A Volks criou a empresa Autovision na cidade de Wolfsburg, norte da Alemanha, onde fica a sede da empresa. Segundo Rached, os bons resultados obtidos na Volks alemã estimularam a implantação do modelo no Brasil.


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