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Empresa vê plano de renovar frota morto
VINICIUS ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
O plano emergencial de renovação da frota de automóveis no
Brasil está morto. Mesmo que estivesse vivo, não resolveria o problema, que é estrutural, e não conjuntural. As afirmações são de
Paul Fleming, presidente da
Volkswagen do Brasil.
A empresa lançou ontem a Autovisão, que terá que administrar
os 3.933 funcionários excedentes
da montadora, concentrados nas
unidades de Taubaté e de São Bernardo, ambas em São Paulo.
A expectativa de Fleming é que,
com o Autovisão, esses 3.933 funcionários devam encontrar uma
nova atividade. O plano de realocação de pessoal receberá investimento de mais de R$ 300 milhões.
Fleming diz esperar que em quatro anos a empresa não tenha
mais que pagar os salários desses
funcionários excedentes.
Tanto Fleming como o vice-presidente de Recursos Humanos
da Volkswagen, João Rached, evitaram os termos "corte de pessoal" e "demissão". Segundo Rached, todos os acordos trabalhistas de garantia de emprego serão
respeitados. Os acordos garantem
estabilidade de emprego aos funcionários da Volks até 2006.
Embora as declarações sejam de
que não haverá demissões, o programa de recolocação tem início
imediato.
Fleming e outros executivos da
Volks foram apresentar o Autovisão na sexta para o presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando
Furlan. Fleming disse que a proposta foi bem recebida por eles.
A Volks criou a empresa Autovision na cidade de Wolfsburg,
norte da Alemanha, onde fica a
sede da empresa. Segundo Rached, os bons resultados obtidos
na Volks alemã estimularam a
implantação do modelo no Brasil.
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