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TRABALHO
Informação é de sindicatos
Guerra comercial afeta a redução da jornada
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
As barreiras comerciais impostas pela Argentina a produtos brasileiros afetaram a discussão sobre a jornada de trabalho no Brasil. A informação é de sindicalistas de duas das seis centrais sindicais -CUT, Força Sindical, CGT,
CGTB e CAT- que entregaram
ontem abaixo-assinado ao ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, durante encontro em Brasília,
pedindo a redução da jornada de
44 para 40 horas semanais.
Mais de 100 mil assinaturas foram coletadas em todo o país pedindo a diminuição da jornada.
O Ministério do Trabalho anunciou ontem que quer fazer um estudo técnico comparativo sobre a
jornada de trabalho na América
Latina para discutir a redução da
jornada como alternativa à criação de empregos, como reivindica o movimento sindical.
"O ministro ressaltou que a jornada tem de ser comparada a outros países da América Latina,
porque a redução, caso ocorra,
não pode encarecer o custo do
produto brasileiro", afirmou João
Carlos Gonçalves, presidente interino da Força Sindical.
"O ministro citou que a jornada
semanal argentina é de 48 horas.
Nos países que integram o Mercosul, ele destacou que a jornada
média é de 44 horas", disse Sérgio
Luiz Leite, da Fequimfar (federação que reúne sindicatos dos químicos no Estado de São Paulo).
De acordo com informação publicada no site do Ministério do
Trabalho (www.mte.gov.br),
Berzoini foi "receptivo ao pleito
das centrais", mas destacou que é
preciso debater o assunto principalmente nas microempresas.
"Muitas vezes, o dono de uma micro ou pequena empresa é um
trabalhador que ficou desempregado e resolveu abrir um negócio
para sobreviver. A redução da jornada para ele pode resultar em
mais gastos", disse o ministro, segundo o site. Os sindicalistas informaram que a jornada deve ser
discutida na pauta do Fórum Nacional do Trabalho, que vai discutir a reforma trabalhista no país.
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