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GARRA DO LEÃO
Setor financeiro sofre aperto menor em 2004
Receita amplia cerco
a empresas e pessoas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Receita Federal aumentou
o número de fiscalizações e o
valor total das autuações aplicadas no primeiro semestre
deste ano. O aperto se deu mais
sobre os contribuintes pessoas
físicas e sobre a indústria. Sobre as instituições financeiras,
caíram o número de fiscalizações e o valor das multas.
Em 2003, foram 22.817 ações
de fiscalização e R$ 15,75 bilhões cobrados. Neste ano,
25.996 ações e R$ 16,36 bilhões.
Houve uma modificação no
perfil dos setores na mira da
fiscalização da Receita. Para as
instituições financeiras, houve
alívio. Em 2003, foram 218
ações de fiscalização e R$ R$
3,5 bilhões cobrados. Neste
ano, 141 ações e R$ 2,8 bilhões.
Já para as pessoas físicas,
houve aperto. No ano passado,
foram 17.032 ações de fiscalização e R$ 1,72 bilhão cobrado.
Neste ano, 21.509 ações, que resultaram em R$ 1,36 bilhão.
A maior parte dos procedimentos de fiscalização nas pessoas físicas acontece nos sistemas eletrônicos internos da
Receita -a "malha fina" do
Imposto de Renda. Esse procedimento é mais rápido e resulta
na retenção automática da restituição do Imposto de Renda.
Além disso, requer menos pessoal especializado. Em 2003, a
Receita perdeu cerca de 10% do
seu quadro de auditores.
Para o secretário-adjunto de
fiscalização da Receita, Paulo
Ricardo de Souza Cardoso, não
é correto falar em alívio para o
sistema financeiro. Ele explicou que ainda existem 248 processos de fiscalização em andamento, que devem ser concluídos até o final de agosto. Segundo Cardoso, a Receita está
fazendo uma fiscalização mais
detalhada.
A indústria sofreu menos
processos de fiscalização neste
ano, mas rendeu mais à Receita
nos valores a serem cobrados.
No ano passado, foram 977
processos de fiscalização e R$
3,75 bilhões cobrados. Neste
ano, 618 processos de fiscalização renderam R$ 6,91 bilhões.
Cervejas
As cervejarias terão seis meses para instalar em suas fábricas um medidor de vazão. O
aparelho informará diariamente à Receita o quanto de cerveja
foi produzido e, a partir daí, o
governo poderá calcular o volume de imposto devido.
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