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CAPITAL EXTERNO
Previsão de Edward Amadeo, secretário de Política Econômica, é superior à do Fundo Monetário
Investimento direto supera US$ 23 bi
da Sucursal de Brasília
O secretário de Política Econômica, Edward Amadeo, estima
que os investimentos no setor
produtivo do país deverão superar US$ 23 bilhões neste ano. A cifra é US$ 5 bilhões maior que a
prevista pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Amadeo afirmou ainda que o
déficit em conta corrente do país
neste ano deverá ser "100% coberto pelos investimentos diretos". A
conta corrente é o saldo das transações de bens e de serviços do
Brasil com outros países e um dos
principais indicadores da necessidade de financiamento externo.
O déficit nesse indicador chegou a US$ 12,289 bilhões de janeiro a junho deste ano.
Segundo os dados que Amadeo
apresentou, os investimentos diretos somaram US$ 13,99 bilhões
no primeiro semestre deste ano,
incluindo a injeção de cerca de
US$ 5 bilhões obtidos com a privatização de empresas estatais.
Para o segundo semestre, Amadeo calcula que o investimento direto deverá alcançar US$ 1,5 bilhão por mês -a mesma média
verificada de janeiro a junho, mas
sem contar a venda de estatais.
Ou seja, o total de investimentos
diretos de US$ 9 bilhões previstos
para o segundo semestre poderá
ser superado caso sejam confirmadas as vendas programadas
para o período, como a do Banespa e a do complexo hidrelétrico
de Furnas.
Segundo Amadeo, a crise argentina não deverá prejudicar os
fluxos de investimentos diretos ao
Brasil porque eles são orientados
por previsões de longo prazo.
Acrescentou que essa crise afeta
mais a atividade econômica local.
O secretário também apresentou perspectivas otimistas para o
desempenho do setor externo em
2000. Uma delas foi o superávit na
balança comercial de US$ 9 bilhões a US$ 11 bilhões. O FMI prevê saldo positivo de US$ 9 bilhões.
Outra estimativa para 2000 é a
redução da necessidade de financiamento externo por causa da diminuição do déficit em conta corrente e das amortizações da dívida externa pública e privada.
Amadeo prevê que a necessidade de financiamento deverá atingir US$ 52 bilhões a US$ 53 bilhões em 2000: US$ 19 bilhões de
déficit em conta corrente mais
US$ 33 bilhões a US$ 34 bilhões
em amortizações.
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