|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana tem alta de 1,23%; Ibovespa cai 1,7% e atinge o nível de novembro de 99
Colado à Argentina, dólar sobe para R$ 2,55
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado brasileiro continua
"colado" à Argentina. Ontem, a
expectativa a respeito do acordo
entre o país vizinho e o FMI (Fundo Monetário Internacional) fez o
dólar subir 1,23% e fechar a R$
2,551, a maior cotação desde o dia
16 do mês passado. O índice Ibovespa caiu 1,7% e ficou nos 12.891
pontos -o menor nível desde
novembro de 1999.
À demora no anúncio do acordo, corresponde um ceticismo cada vez maior dos investidores
brasileiros. Ontem, a avaliação do
mercado era que o anúncio do pacote de ajuda argentino seria seguido de uma série de imposições
duras por parte do governo norte-americano e do FMI. As imposições, avalia parte do mercado, podem enfrentar resistência política
na Argentina, o que dificultaria a
solução da crise.
Técnicos do governo argentino
negociam com o FMI há 12 dias,
período em que uma série de especulações a respeito da aprovação ou não de um pacote de ajuda
ao país mudou o humor dos mercados brasileiro e argentino várias
vezes. O resultado da indefinição
é que todos os mercados, de juros,
câmbio e ações acabam oscilando
sem tendência definida.
"O câmbio sofre com essa indefinição. Por enquanto, tudo o que
podemos fazer é assistir os eventos na Argentina", diz Miriam Tavares, da corretora AGK.
Ontem, explica Miriam, a cotação do dólar foi puxada por um
aumento na procura por hedge
-empresas comprando dólar
para se proteger de grandes oscilações no câmbio.
A Bovespa continua sofrendo
com a indefinição. Ontem, o Ibovespa, termômetro dos negócios
na Bolsa paulista, caiu 224 pontos
e atingiu seu nível mais baixo desde novembro de 1999. Neste ano,
o Ibovespa já caiu 15,5%.
O comportamento dos juros futuros na BM&F mostra como o
mercado brasileiro está operando
sem tendência definida. Os juros
contratados para janeiro do próximo ano caíram no início deste
mês para 22,84% (dia 8), subiram
para 23,82% (14) e voltaram a cair
para 22,98% (20). Ontem, a taxa
contratada para janeiro de 2002
era de 23,38%, uma alta de 0,4
ponto percentual.
Os C-Bonds, títulos mais negociados da dívida brasileira, foram
novamente "contaminados" pela
incerteza que ronda a economia
brasileira. Ontem, eles tiveram
uma queda de 1,15% em relação a
segunda-feira.
Texto Anterior: Salto para a luz: Luz é religada um dia após corte Próximo Texto: Menos por mais: Até o bronzeador pode estar "maquiado" Índice
|