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Pesquisa ajuda a dar tiro certo
da Reportagem Local
Na batalha por novos clientes, é
importante dar tiros certeiros, já
que essas modalidades inovadoras de abordagem custam caro.
Para isso, os bancos desenvolvem
pesquisas que lhes apontam qual
a probabilidade de sucesso em cada ação.
"As abordagens tradicionais de
clientes estão se esgotando e dão
pouco resultado. Quando se tem
uma meta de crescimento arrojada, é preciso inovar", diz Fábio
Coelho, diretor de marketing do
Citibank. O banco quer abrir 25
mil a 30 mil contas neste ano.
Há cerca de um mês, o Citi encerrou o que chamou de "degustação de produtos financeiros".
Moças e rapazes bonitos contratados pelo Citi visitaram restaurantes caros e academias de ginástica de público seleto para oferecer a "degustação". Ou seja, mostravam os serviços que o banco
oferece e, junto com toda a papelada, deixavam chocolates.
O banco fez contato com 30 mil
pessoas com essa ação e o retorno
deve acontecer em quatro meses.
"Teremos 15% de adesão, tranquilamente", diz Coelho.
O Citi também fechou uma parceria com a rede de videolocadoras Blockbuster, que batizou de
"arrasa quarteirão", traduzindo o
nome inglês da locadora. Já abriu
sete miniagências dentro de lojas
da Blockbuster e, a cada inauguração, promotores do banco visitam toda a vizinhança deixando
material promocional.
Para o BCN, do grupo Bradesco,
o segredo do crescimento da base
de clientes está em manter o que
já está dentro de casa e destacar
tempo para buscar novos. O banco montou o que chama de "força
tarefa", a equipe incumbida da
expansão.
Os interessados são identificados pelas próprias agências ou telemarketing. A partir daí, a "força
tarefa" é acionada para visitar o
potencial cliente em casa, no trabalho ou onde mais ele quiser.
"Nessas visitas, já é possível dar
todo o andamento da abertura da
conta", diz Marcos Martins, gerente de apoio à rede de agências
do BCN.
Com 2 milhões de clientes, o
Unibanco, por exemplo, está desenvolvendo um sofisticado mecanismo para fazer isso com eficiência. A partir de setembro,
quando um cliente usar um ATM
para verificar seu extrato ou sacar
dinheiro, poderá ser "interceptado" por uma mensagem na tela
que o avisa da disponibilidade de
uma linha de crédito já aprovada
ou de um seguro a ser renovado.
A partir de outubro, o mesmo
ocorrerá quando um cliente acessar sua conta pela Internet. Hoje,
o Unibanco já faz isso por telefone, mas quando o cliente procura
a central. "Poderíamos ligar para
os clientes, mas, em geral, as pessoas não gostam disso. Quando o
cliente liga para o banco por necessidade sua, nesse momento ele
está mais disposto", diz Geraldo
Travaglia, diretor de marketing e
produtos do Unibanco.
Por trás dessa nova estratégia
está um acurado banco de dados,
que permite ao Unibanco conhecer melhor o cliente e saber o que
oferecer a ele e quando.
"Em uma base desse tamanho,
há muito potencial a ser trabalhado. Mas precisamos ter meios eficazes, para acertar o tiro e gastar
menos", diz Travaglia.
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