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CÚPULA
Vice da empresa na AL diz que Brasil deve se empenhar pelo livre comércio
Nestlé pede economia mais aberta
DO ENVIADO AO RIO
O vice-presidente da Nestlé para a América Latina, o mexicano
Carlos Represas, defendeu ontem
que o futuro governo aumente o
grau de abertura econômica do
Brasil e que se empenhe para obter acordos de livre comércio.
"É preciso criar condições de
atração de novos investimentos
através de um crescente fluxo comercial com o exterior. O Brasil, é
sabido, tem ainda um comércio
externo muito pequeno para o tamanho da economia", disse ele.
Segundo o executivo, a eleição
de um governo de esquerda não
provocou mudança nos planos de
investimento no mercado local.
"A experiência mundial da empresa nos ensinou a respeitar todos os governos", disse Represas.
Segundo ele, a Nestlé manterá a
média de investimento de US$
150 milhões/ano. Em 2001, já desembolsou cerca de US$ 400 milhões no país, mas essa conta considera a aquisição da Garoto.
Represas afirma que, na América Latina, o México serve como
paradigma, para a empresa, do
que deveria ser feito pelo governo
brasileiro -ao menos no campo
comercial. "O governo do México
realizou profundas reformas macroeconômicas. E grande parte
delas relacionadas a uma abertura
comercial e de inserção no mercado do Norte", afirmou o mexicano, para quem as crises político-econômicas no continente acabaram por fazê-lo perder visibilidade aos olhos de investidores.
Tanto ele como o presidente da
Nestlé brasileira, Ivan Zurita, negaram temer a volta da inflação.
"Consideramos isso uma bolha,
não um processo que terá continuidade. Nessa situação, acabamos servindo como condutores
porque não temos como evitar repassar os aumentos dos custos",
disse Zurita.
(JAD).
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