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TRANSE GLOBAL
Para a organização, países ricos vão crescer pouco no 1º semestre de 2003; guerra retardaria a retomada
Recuperação mundial é frágil, afirma OCDE
DA REDAÇÃO
As principais economias do
planeta terão um crescimento fraco na primeira metade do próximo ano, de acordo com relatório
sobre as perspectivas mundiais,
divulgado ontem pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Para a organização, a queda nas
Bolsas de Valores e a baixa confiança empresarial vão retardar a
retomada do crescimento mundial. Um eventual conflito no
Oriente Médio, diz a OCDE, só
elevaria as incertezas. "A recuperação global segue lenta e irregular", afirma o relatório.
Segundo a OCDE, organização
que reúne os países mais desenvolvidos do planeta, os EUA crescerão 2,3% neste ano e 2,6% no
próximo. Em 2004, o ritmo vai
saltar para 3,6%.
Os países da zona de circulação
do euro devem ficar estagnados
neste ano, com crescimento de
0,8%. Em 2003, a taxa deve chegar
a 1,8%, e em 2004, será de 2,7%,
prevê a organização.
Risco na guerra
O economista-chefe da OCDE,
Jean-Philippe Cotis, disse que
uma eventual "Guerra do Golfo
2" teria efeitos econômicos mais
severos do que a primeira edição
do conflito, em 1991. A disparada
do petróleo atingiria a produção e
despertaria a inflação.
"A grandeza dos riscos é maior
desta vez. Estamos numa posição
muito mais vulnerável, e a situação é bem mais complexa", afirmou Cotis. "Há mais incertezas."
Mas, mesmo sem uma guerra
entre os EUA e o Iraque, os EUA e
as outras grandes economias globais terão crescimento tímido na
primeira metade do próximo ano.
Brasil
Uma transição política tranquila deve devolver o crescimento à
economia brasileira no ano que
vem, de acordo com a OCDE. Segundo as estimativas da organização, o PIB brasileiro crescerá 2%
em 2003 e 3,5% em 2004.
Em relação à crise da Argentina,
a organização afirma que o pior
deve ter ficado para trás, "mas os
sinais de recuperação são fracos".
Com agências internacionais
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