|
Texto Anterior | Índice
Cesta dos supermercados tem alta
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
A disparada do preço dos alimentos puxou para cima o Abrasmercado de outubro, o indicador
do custo da cesta básica elaborado
pela Abras (Associação Brasileira
dos Supermercados).
A cesta Abrasmercado de outubro subiu 3,23% em relação ao
mês anterior. Foi a maior elevação verificada no ano. De setembro de 2001 até outubro, a alta foi
de 13,66%. O indicador -composto por 35 itens, entre produtos
alimentícios, de higiene e de limpeza- mede a oscilação dos preços nos supermercados.
Em relação ao mesmo mês do
ano passado, a cesta de produtos
pesquisada pela Abras registrou
em outubro uma alta real de
3,55%. Em valores nominais, o
aumento foi de 12,29%. Em outubro de 2001, a cesta Abras custava
R$ 141,64. Um ano depois, a cesta
passou a valer R$ 159,05.
Os produtos que mais subiram
no mês passado, segundo a Abras,
foram a farinha de trigo (13,13%),
a massa sêmola spaghetti (10,11%)
e o açúcar (9,95%).
Segundo a Abras, o aumento do
preço dos itens da cesta básica nos
supermercados é resultado da
combinação de diversos fatores,
como a quebra de safra de alguns
produtos agrícolas, a entressafra,
o aumento de tarifas públicas e o
processo eleitoral.
Em outubro, por exemplo, o setor supermercadista foi pressionado pelos repasses de preços dos
fabricantes de açúcar, óleo de soja
e arroz. No caso deste último,
houve a dificuldade de negociação entre o varejo e fornecedores,
que seguraram o produto à espera
da elevação dos preços. Diante
desse quadro, os supermercados
decidiram importar o arroz dos
Estados Unidos e do Uruguai, entre outros pólos de produção.
Já a cesta básica calculada pelo
Procon-SP, na capital paulista,
chegou ontem a R$ 197,91.
Texto Anterior: Cai diferença do preço das marcas próprias das redes para o das líderes Índice
|