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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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IMPREVIDÊNCIA

Débito total é estimado em R$ 14 bilhões

Lula diz que Orçamento não tem verba para dívida com aposentados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu ontem a dívida de R$ 14 bilhões que o governo tem com os aposentados por diferenças no cálculo dos benefícios concedidos entre 1977 e 1988 e 1994 e 1997. Ele afirmou, no entanto, que não há recursos no Orçamento para o pagamento.
"Agora mesmo, do Plano Real tem um saldo para nós pagarmos de quase R$ 14 bilhões para os aposentados. Só que não temos dinheiro no Orçamento. Então é preciso que a gente não perca nunca a paciência", disse Lula durante o Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo.
Embora o presidente tenha atribuído ao Plano Real a dívida com os aposentados, uma parcela do débito é resultado de erro na aplicação de índices para cálculo das aposentadorias nas décadas de 70 e 80, bem antes do plano econômico adotado em 1994.
A proposta de Orçamento de 2004 não prevê recursos para o pagamento, mas o governo já pediu ao relator da matéria no Congresso, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que tente incluir nos cálculos R$ 2 bilhões para o acerto de parte do débito no próximo ano.
A previsão é que o acerto com os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) seja parcelado. Governo e representantes dos aposentados negociarão um acordo para o pagamento.
No discurso, Lula pediu paciência para os sem-terra na realização da reforma agrária. "Estou aprendendo nesta vida a ter paciência, a contar até dez, a saber que, se eu não posso dar um passo grande, eu dou um passo milimétrico. Mas eu tenho que dá-lo para a frente e não para trás", disse.


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