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IMPREVIDÊNCIA
Débito total é estimado em R$ 14 bilhões
Lula diz que Orçamento não tem verba para dívida com aposentados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva reconheceu ontem a dívida de R$ 14 bilhões que o governo
tem com os aposentados por diferenças no cálculo dos benefícios
concedidos entre 1977 e 1988 e
1994 e 1997. Ele afirmou, no entanto, que não há recursos no Orçamento para o pagamento.
"Agora mesmo, do Plano Real
tem um saldo para nós pagarmos
de quase R$ 14 bilhões para os
aposentados. Só que não temos
dinheiro no Orçamento. Então é
preciso que a gente não perca
nunca a paciência", disse Lula durante o Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo.
Embora o presidente tenha atribuído ao Plano Real a dívida com
os aposentados, uma parcela do
débito é resultado de erro na aplicação de índices para cálculo das
aposentadorias nas décadas de 70
e 80, bem antes do plano econômico adotado em 1994.
A proposta de Orçamento de
2004 não prevê recursos para o
pagamento, mas o governo já pediu ao relator da matéria no Congresso, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que tente incluir nos cálculos
R$ 2 bilhões para o acerto de parte
do débito no próximo ano.
A previsão é que o acerto com
os aposentados do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) seja
parcelado. Governo e representantes dos aposentados negociarão um acordo para o pagamento.
No discurso, Lula pediu paciência para os sem-terra na realização da reforma agrária. "Estou
aprendendo nesta vida a ter paciência, a contar até dez, a saber
que, se eu não posso dar um passo
grande, eu dou um passo milimétrico. Mas eu tenho que dá-lo para
a frente e não para trás", disse.
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