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APLICAÇÃO
Empresa lançará R$ 300 mi em papéis; cota terá valor mínimo de R$ 50
Caixa Econômica terá fundo com debêntures da Petrobras
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A Petrobras aprovou ontem a
emissão de R$ 300 milhões em debêntures destinadas principalmente a pequenos investidores
que aplicam seu dinheiro em caderneta de poupança. Os papéis
integrarão o fundo "Petrobras 50
anos", que será administrado pela
CEF (Caixa Econômica Federal) e
cujas cotas poderão ser compradas pelo valor mínimo de R$ 50.
A iniciativa tem como objetivo
pulverizar e popularizar a base de
acionistas da estatal. As cotas do
fundo terão rentabilidade similar
à da caderneta de poupança.
As debêntures são papéis emitidos por empresas que garantem
rendimento fixo e previamente
estabelecido, diferentemente das
ações, sujeitas às oscilações da
Bolsa de Valores.
Após um ano, o investidor terá a
opção de resgatar o valor aplicado, com o rendimento do período, ou converter as debêntures
em ações preferenciais da Petrobras, que não dão direito a voto.
Para atrair o interesse do pequeno investidor, a CEF realizará cerca de mil sorteios de ações da Petrobras entre os cotistas do fundo.
Os sorteios serão periódicos e não
poderão superar 2,4% do patrimônio líquido do fundo ao ano.
A conversão das debêntures em
ações estará condicionada ao
atingimento do preço mínimo de
conversão estabelecido pela estatal. Para que ela ocorra, a cotação
da ação da Petrobras deverá ser
igual a 100% do valor nominal
unitário das debêntures na data
da emissão.
A estatal pretende adotar uma
série de medidas para que os investidores do varejo fiquem com
as ações depois de um ano, reaplicando-as em um novo fundo. A
Petrobras fará campanha publicitária em conjunto com a CEF para
promover o fundo.
Antes de estar à disposição do
público em geral, as debêntures
terão de ser oferecidas aos acionistas com ações preferenciais da
empresa. Eles terão seis dias para
exercer o direito de preferência.
Ações com FGTS
Essa é a segunda iniciativa da
Petrobras para pulverizar sua base de acionistas. Em 2000, foi lançado o programa de compra de
papéis da empresa com recursos
do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço). Na época, a
estatal passou a contar com 337
mil novos acionistas.
"O "Fundo Petrobras 50 anos"
faz parte dessa estratégia, destinada a atrair pequenos e médios
poupadores, que hoje investem
basicamente em caderneta de
poupança", diz comunicado distribuído pela companhia.
A operação ainda depende de
aprovação da CVM (Comissão de
Valores Mobiliários).
Valor total, número de ações e
data precisam de aprovação do
conselho de administração da
empresa.
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