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CRISE NO AR
Boeing critica restrição a novas linhas no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A Boeing, maior fabricante de
aviões do mundo, espera que a
economia brasileira -e, portanto, a demanda por aeronaves-
cresça em 2004, mas vê as restrições do governo a novas linhas e
encomendas como um entrave.
A consideração foi feita ontem
pelo vice-presidente de vendas
para a América Latina da companhia, John Wojick, em São Paulo.
"No Brasil o governo entrou em
cena controlando e limitando o
crescimento do setor. Mas, na
medida em que a demanda vai se
recuperar, o grande desafio será
como lidar com essa questão."
Neste ano, o governo adotou
medidas para restringir a oferta
de vôos no Brasil, já que a avaliação é que o mercado está saturado. Qualquer companhia interessada em adquirir uma aeronave
tem que ter aprovação do DAC
(Departamento de Aviação Civil).
A Boeing espera recuperação
das vendas de aeronaves apenas a
partir de 2005. Em 2004, a companhia espera vender apenas 280
aviões em todo o mundo, mesmo
número deste ano.
(MAELI PRADO)
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