São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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Setor de alimentos escapa da baixa

DA REPORTAGEM LOCAL

O Natal de 2002 só vai ser relembrado, sem receios, pela indústria e o varejo de alimentos, segundo dados de desempenho apresentados até o momento. Os fabricantes conseguiram repassar parte da pressão em seus custos para os preços. E as lojas aumentaram as vendas, em reais, já descontada a inflação.
Em setores como o eletrônico há elevação nas vendas, mas as empresas não conseguiram repassar aos preços boa parte da alta nos custos (devida à subida do dólar). A conclusão é da Associação Comercial de São Paulo.
Em novembro, as vendas dos supermercados subiram 9,9% em termos reais (descontada a inflação), informa a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Há expectativa positiva também em dezembro. Mas isso não deve elevar muito a margem de lucro das empresas no ano.
O varejo de alimentos trabalhava, em setembro de 2002, com rentabilidade de 1,2%. "Uma elevação nas vendas em novembro ou dezembro não faz ninguém aumentar ganhos subindo margem. Se for ganhar algo, será na escala", diz Carlos de Almeida, assessor econômico da Serasa.
"Houve expansão do dinheiro circulando na economia no final do ano, com os saldos do FGTS que foram liberados, e um empurrão nas vendas", diz João Carlos Oliveira, presidente da Abras.
Em novembro houve forte alta nos preços de produtos como açúcar, frango e arroz, entre outros. Esperava-se que o consumidor comprasse menos alimentos, mas o que ocorreu foi a troca de itens mais caros por outros mais baratos. (AM)


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