São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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Semana "curta" terá índices dos EUA e da zona do euro

Amanhã saem dados do PIB americano do 3º trimestre

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a proximidade do encerramento de 2008, a agenda econômica tem esfriado. Nesta semana, já mais curta para os mercados devido ao feriado de Natal, poucos dados e indicadores econômicos de maior interesse vão ser conhecidos.
O dia que concentrará o maior número de informações econômicas será amanhã. Nos Estados Unidos vai ser conhecido o PIB (Produto Interno Bruto) final do terceiro trimestre, para o qual se espera contração de 0,5%. Na zona do euro, vai ser apresentado o nível de pedidos da indústria -é esperada redução de 4%.
Os Estados Unidos terão ainda em sua agenda de amanhã os dados de consumo pessoal, o índice de confiança do consumidor de Michigan e o índice do setor manufatureiro do Fed (banco central norte-americano) regional de Richmond.
"Acreditamos que a semana será mais amena com uma agenda de indicadores mais fraca e a liquidez reduzida por conta do feriado de Natal", afirma Rossano Oltramari, sócio-diretor da XP Investimentos.
Ainda na agenda de amanhã nos Estados Unidos está a divulgação de dados do setor imobiliário, que esteve no epicentro da crise econômica mundial. Serão divulgados os números de vendas de casas novas e usadas, além dos indicadores de preços de imóveis.
A quarta-feira trará a apresentação do PCE (índice inflacionário que acompanha os gastos dos consumidores) de novembro. Esse índice é relevante por ser acompanhado de perto pelo Fed como um importante indicador do humor dos consumidores no país.
O dia se encerra com os pedidos de bens duráveis em novembro e as solicitações de seguro-desemprego feitas pelos norte-americanos.
Na semana passada, o Fomc (comitê do Fed que define os juros) surpreendeu o mercado ao reduzir a taxa básica dos Estados Unidos de 1% para uma banda que oscila entre 0% e 0,25%. A maioria dos investidores contava com uma baixa da taxa para 0,50% ao ano.
Com os juros reais (descontada a inflação) dos EUA negativos, aumenta a probabilidade de os investidores começarem a retornar para o mercado acionário, devido às maiores dificuldades em se conseguir rentabilidades interessantes com as aplicações de renda fixa.
Os estoques norte-americanos de petróleo fecham a agenda de notícias antes do feriado de Natal. Apesar do corte feito pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) na semana passada, o petróleo não se recuperou e encerrou a sexta-feira cotado na faixa de US$ 33. Há menos de seis meses, o petróleo batia em seu teto -cerca de US$ 147.

Inflação
Na semana passada, o Copom divulgou a ata de sua última reunião e levou o mercado a especular se a taxa básica brasileira, que está em 13,75% ao ano, poderá cair em janeiro.
A divulgação do IPCA-15 -espécie de uma prévia da inflação oficial-, que desacelerou para 0,29% neste mês, foi bem recebida pelo mercado. Se a inflação deixa de ser uma ameaça, aumentam as chances de os juros serem cortados.
"Por conta dessa desaceleração, reavaliamos o IPCA projetado para dezembro, que passou de 0,33% para 0,29%. Com isso, nossa projeção para a alta do IPCA em 2008 oscilou de 6,0% para 5,9%. A taxa projetada para o IPCA em 2009 passou de 5,4% para 5,1%, recuo decorrente de uma evolução mais modesta da atividade econômica, o que, em alguma medida, limitará o repasse de preços", segundo avaliação feita pela LCA Consultores.


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