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Semana "curta" terá índices dos EUA e da zona do euro
Amanhã saem dados do PIB
americano do 3º trimestre
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a proximidade do encerramento de 2008, a agenda
econômica tem esfriado. Nesta
semana, já mais curta para os
mercados devido ao feriado de
Natal, poucos dados e indicadores econômicos de maior interesse vão ser conhecidos.
O dia que concentrará o
maior número de informações
econômicas será amanhã. Nos
Estados Unidos vai ser conhecido o PIB (Produto Interno
Bruto) final do terceiro trimestre, para o qual se espera contração de 0,5%. Na zona do euro, vai ser apresentado o nível
de pedidos da indústria -é esperada redução de 4%.
Os Estados Unidos terão ainda em sua agenda de amanhã os
dados de consumo pessoal, o
índice de confiança do consumidor de Michigan e o índice
do setor manufatureiro do Fed
(banco central norte-americano) regional de Richmond.
"Acreditamos que a semana
será mais amena com uma
agenda de indicadores mais fraca e a liquidez reduzida por
conta do feriado de Natal", afirma Rossano Oltramari, sócio-diretor da XP Investimentos.
Ainda na agenda de amanhã
nos Estados Unidos está a divulgação de dados do setor
imobiliário, que esteve no epicentro da crise econômica
mundial. Serão divulgados os
números de vendas de casas
novas e usadas, além dos indicadores de preços de imóveis.
A quarta-feira trará a apresentação do PCE (índice inflacionário que acompanha os
gastos dos consumidores) de
novembro. Esse índice é relevante por ser acompanhado de
perto pelo Fed como um importante indicador do humor
dos consumidores no país.
O dia se encerra com os pedidos de bens duráveis em novembro e as solicitações de seguro-desemprego feitas pelos
norte-americanos.
Na semana passada, o Fomc
(comitê do Fed que define os
juros) surpreendeu o mercado
ao reduzir a taxa básica dos Estados Unidos de 1% para uma
banda que oscila entre 0% e
0,25%. A maioria dos investidores contava com uma baixa
da taxa para 0,50% ao ano.
Com os juros reais (descontada a inflação) dos EUA negativos, aumenta a probabilidade
de os investidores começarem
a retornar para o mercado acionário, devido às maiores dificuldades em se conseguir rentabilidades interessantes com
as aplicações de renda fixa.
Os estoques norte-americanos de petróleo fecham a agenda de notícias antes do feriado
de Natal. Apesar do corte feito
pela Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) na semana passada, o petróleo não se recuperou e encerrou a sexta-feira cotado na
faixa de US$ 33. Há menos de
seis meses, o petróleo batia em
seu teto -cerca de US$ 147.
Inflação
Na semana passada, o Copom divulgou a ata de sua última reunião e levou o mercado a
especular se a taxa básica brasileira, que está em 13,75% ao
ano, poderá cair em janeiro.
A divulgação do IPCA-15
-espécie de uma prévia da inflação oficial-, que desacelerou para 0,29% neste mês, foi
bem recebida pelo mercado. Se
a inflação deixa de ser uma
ameaça, aumentam as chances
de os juros serem cortados.
"Por conta dessa desaceleração, reavaliamos o IPCA projetado para dezembro, que passou de 0,33% para 0,29%. Com
isso, nossa projeção para a alta
do IPCA em 2008 oscilou de
6,0% para 5,9%. A taxa projetada para o IPCA em 2009 passou
de 5,4% para 5,1%, recuo decorrente de uma evolução mais
modesta da atividade econômica, o que, em alguma medida, limitará o repasse de preços", segundo avaliação feita pela LCA
Consultores.
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