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País deve ter em
2010 menor saldo
comercial sob Lula
Ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, estima que superavit na balança deverá fechar em US$ 15 bi
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil caminha para ter em
2010 o menor superavit na balança comercial em oito anos. O
governo estima que o saldo do
país na balança ficará em cerca
de US$ 15 bilhões em 2010.
Embora o nível seja inferior
ao dos últimos anos, o ministro
do Desenvolvimento, Miguel
Jorge, afirmou ontem que esse
resultado é positivo e será possível graças "à retomada do comércio global, que vai permitir
o retorno das exportações brasileiras".
Se a previsão se confirmar,
será o menor resultado desde
2002 -US$ 13,2 bilhões. Neste
ano, o superavit deve ficar em
torno de US$ 24 bilhões.
A projeção do governo é mais
otimista que a do mercado. Segundo pesquisa semanal do
Banco Central realizada com
analistas do mercado, o saldo
comercial deve fechar em US$
11,3 bilhões no ano que vem.
Para o ministro do Desenvolvimento, o comércio exterior
terá um bom desempenho em
2010 por conta do esforço exportador. Jorge afirmou que as
exportações para a África dobraram nos últimos cinco anos.
A China também terá papel
importante, já que se tornou
neste ano o principal parceiro
comercial do Brasil. Para Jorge,
mesmo os EUA já apresentam
sinais de recuperação, o que pode favorecer as vendas externas
brasileiras no próximo ano.
Pelas previsões do governo,
as exportações do país devem
fechar o ano que vem em US$
168 bilhões, enquanto as importações devem somar US$
153 bilhões.
Para o diretor da AEB José
Augusto Castro, mesmo que seja o menor superavit desde
2002, o resultado poderá ser
considerado "bom".
"Provavelmente, haverá destaque para as exportações de
açúcar no ano que vem, por
conta da quebra da safra na Índia", afirmou.
"Mas isso se deve mais ao cenário externo do que a medidas
do governo para fortalecer o setor exportador. Nos últimos
anos, por exemplo, houve promoções comerciais diversas na
África, na Ásia e no Oriente Médio. Mas quase nenhuma nos
Estados Unidos."
(PAULO DE ARAUJO e MARIANA BARBOSA)
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