São Paulo, terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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País deve ter em 2010 menor saldo comercial sob Lula

Ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, estima que superavit na balança deverá fechar em US$ 15 bi

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil caminha para ter em 2010 o menor superavit na balança comercial em oito anos. O governo estima que o saldo do país na balança ficará em cerca de US$ 15 bilhões em 2010.
Embora o nível seja inferior ao dos últimos anos, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, afirmou ontem que esse resultado é positivo e será possível graças "à retomada do comércio global, que vai permitir o retorno das exportações brasileiras".
Se a previsão se confirmar, será o menor resultado desde 2002 -US$ 13,2 bilhões. Neste ano, o superavit deve ficar em torno de US$ 24 bilhões.
A projeção do governo é mais otimista que a do mercado. Segundo pesquisa semanal do Banco Central realizada com analistas do mercado, o saldo comercial deve fechar em US$ 11,3 bilhões no ano que vem.
Para o ministro do Desenvolvimento, o comércio exterior terá um bom desempenho em 2010 por conta do esforço exportador. Jorge afirmou que as exportações para a África dobraram nos últimos cinco anos.
A China também terá papel importante, já que se tornou neste ano o principal parceiro comercial do Brasil. Para Jorge, mesmo os EUA já apresentam sinais de recuperação, o que pode favorecer as vendas externas brasileiras no próximo ano.
Pelas previsões do governo, as exportações do país devem fechar o ano que vem em US$ 168 bilhões, enquanto as importações devem somar US$ 153 bilhões.
Para o diretor da AEB José Augusto Castro, mesmo que seja o menor superavit desde 2002, o resultado poderá ser considerado "bom".
"Provavelmente, haverá destaque para as exportações de açúcar no ano que vem, por conta da quebra da safra na Índia", afirmou.
"Mas isso se deve mais ao cenário externo do que a medidas do governo para fortalecer o setor exportador. Nos últimos anos, por exemplo, houve promoções comerciais diversas na África, na Ásia e no Oriente Médio. Mas quase nenhuma nos Estados Unidos."
(PAULO DE ARAUJO e MARIANA BARBOSA)


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