São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010

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Banco aumenta limite para crédito privado

DA ENVIADA A CANCÚN (MÉXICO)

A recapitalização do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) era essencial e urgente para que a instituição não perdesse o passo -e a sua própria relevância- diante das demandas crescentes da região por recursos para financiar o seu crescimento e das necessidades inesperadas com as quais países pobres, que são maioria no continente, frequentemente se deparam.
No processo de tentar persuadir os americanos a fazerem um aporte maior de dinheiro na instituição, o Brasil por várias vezes frisou que organismos menores, como a CAF (Corporação Andina de Fomento), já alcançam o banco em volumes desembolsados.
Outra medida anunciada ontem que tem como objetivo garantir que o BID continue cumprindo o seu papel é a elevação dos limites para empréstimos a empresas privadas, que passou de 10% da carteira de crédito do banco, ou cerca de US$ 5,6 bilhões, para 20% do capital integralizado mais o saldo entre financiamentos e recebimentos, o que corresponde, atualmente, a cerca de US$ 9 bilhões.
Esse também era tema bastante caro ao Brasil, onde o setor privado deve responder por parte considerável dos investimentos em infraestrutura que o país precisa fazer nos próximos anos para sustentar o seu crescimento -fora o que eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 requerem.
Hans Schulz, gerente do departamento de finanças corporativas e estruturadas do BID, defende o papel da instituição nessa área.
"Não queremos competir com os bancos comerciais. Nossa intenção é apoiar projetos que de fato contribuam para o desenvolvimento das nações", afirmou.


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