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Limitação
para contribuições é suspensa após pressão de centrais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionado pelas centrais, o
governo recuou e suspendeu os
efeitos da portaria que impedia os
sindicatos de cobrarem, sem prévia autorização, contribuição
confederativa e assistencial de trabalhadores não-sindicalizados.
A medida foi suspensa até 31 de
maio de 2005 diante do compromisso formal das centrais sindicais de orientar os sindicatos na fixação dessas contribuições. Segundo o Ministério do Trabalho,
muitos sindicatos vinham estabelecendo valores abusivos.
Em alguns casos, a soma das
contribuições cobradas dos trabalhadores chega, no ano, a 40% do
salário mensal. O presidente da
CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, informou que a média cobrada no Brasil é de 25% do salário mensal do
trabalhador.
No termo de compromisso, assinado pela CUT, Força Sindical,
SDS (Social Democracia Sindical), CGT (Confederação Geral
dos Trabalhadores) e CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores), além da Federação Nacional
dos Frentistas e Federação dos
Empregados do Comércios do Estado de São Paulo, foi definido
um limite para a cobrança.
O percentual é o estabelecido
pelo FNT (Fórum Nacional do
Trabalho) na reforma sindical: até
13% do salário mensal. O fórum é
formado por trabalhadores, empresários e governo.
No acordo, as centrais assumiram o compromisso de pressionar o Congresso para aprovar rapidamente a reforma, que ainda
não foi enviada pelo governo ao
Legislativo.
"Esse recuo do governo foi importante porque a portaria destrói, quebra muitos sindicatos. Isso em uma democracia não é
bom. Foi mantida a contribuição
para os patrões no Sistema S e do
lado do trabalhador foi tirada a
receita às vésperas de uma negociação da reforma trabalhista",
disse o presidente da Força, Paulo
Pereira da Silva, o Paulinho.
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